Nesta sexta-feira (29), a Justiça Federal de São Paulo aceitou a queixa-crime apresentada pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, contra o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark. Na ação, Dino acusa o Monark de “calúnia, difamação e crime contra a honra”.
A ocasião em que Monark teria cometido os “crimes” foi nada mais que um desabafo do apresentador, feito em seu programa:
“Você vai ser escravizado por um ‘gordola’. Esse cara sozinho não dura um segundo na rua, não consegue correr 100 metros. Coloca ele na floresta para ver se ele sobrevive. […] Você vai deixar esse cara ser o seu mestre? Foi para isso que os seus pais…Foi para isso que os seus pais te deram educação? Eles se sacrificaram para você servir esse filho da p***?”.
O desabafo de Monark se deu após sofrer uma grande injustiça por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo que não tenha sido o próprio Flávio Dino que tenha suspendido seus perfis nas redes sociais, sua raiva é completamente compreensível. Monark é uma figura perseguida pelo Judiciário e sua revolta é absolutamente natural.
Independentemente de Monark ter motivos ou não para ficar irritado, o fato é que sua fala não poderia, em circunstância alguma, ser considerada um crime. Tudo o que o apresentador fez foi mostrar sua insatisfação com uma autoridade pública – o que é direito de qualquer cidadão. Não há “calúnia”, como diz Dino, há apenas uma opinião – a de que ninguém deveria aceitar que o Judiciário, aqui inclusos Flávio Dino e Alexandre de Moraes, passe por cima dos direitos democráticos da população.
No mais, o que restam são meros xingamentos. Mas xingar não é, nem nunca foi crime. Se todo mundo que chamasse alguém de filho da p*** fosse um criminoso, o País inteiro estaria encarcerado. E, convenhamos, Chamar a atenção para a circunferência abdominal de Flávio Dino não é ofender sua honra… é constatar a realidade.