Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado no segundo semestre do ano passado, o Brasil paga o pior salário dentre os 40 países analisados pela instituição imperialista. O Estudo Education at a Glance 2021, apontou que os educadores brasileiros começam recebendo anualmente uma média de 13,9 mil dólares (pouco mais de R$70 mil) , enquanto a média dos países analisados é de 35,6 mil dólares (quase R$190 mil) por ano, valor mais de 156% maior do que a média brasileira.
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Atualmente, como a maioria das categorias do funcionalismo, os educadores têm seus salários congelados desde o começo da pandemia, enquanto em muitos estados e municípios (como São Paulo), os professores estão sem reajustes há oito anos. O movimento sindical tem mostrado sinais de reação, porém ainda tímidas, tornando-se necessário superar as atuais direções sindicais paralisadas e incapazes de fazer frente, por exemplo, aos ataques dos patrões, governos e da justiça golpista, por dirigentes que expressem a crescente radicalização dos profissionais da educação.
Para isso, as vanguardas da categoria devem organizar-se em comitês e impulsionar uma agitação que empurre os sindicatos à esquerda. Além disso, a luta contra a ditadura judicial que em todo o País persegue professores e outras categorias em defesa dos patrões, precisa ser enfrentada, sob risco dos trabalhadores verem completamente abolido o direito de greve caso não haja uma reação contra os ataques da justiça. Só a luta decidida dos educadores pode por um fim à situação periclitante da categoria e garantir a reconquista de direitos trabalhistas perdidos – como o de greve -, o que tende a ser positivo para os professores e também para o conjunto da classe trabalhadora.