É necessário um amplo debate sobre a situação em que os bancários se encontram e quais as tarefas que se colocam para a categoria no próximo período, a fim de superar os obstáculos que estão impedindo as diversas lutas da categoria de serem vitoriosas.
Os bancários são uma categoria fundamental em um regime dominado pelos tubarões do sistema financeiro e precisam ter um papel de destaque na luta contra a política reacionária da direita pró-imperialista, que vem, de todas as formas, emparedando o governo Lula no sentido de impor uma política que favorece esses mesmo tubarões e impor um regime de repressão contra os trabalhadores e suas organizações, na tentativa de avançar nas privatizações (veja o exemplo da saída da ex-presidenta da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, dando lugar para um cupincha do direitista Deputado Arthur Lira) e destruição dos bancos públicos e demais estatais que restaram da “privataria” da era reacionária de Collor de Mello e FHC e aprofundando os ataques contra os trabalhadores com as suas políticas de arrocho salarial, terceirizações e demissões.
É preciso destacar a importância da participação ativa da categoria bancária no sentido da luta na defesa democrática dos trabalhadores e seus direitos contra a ofensiva reacionária no Congresso Nacional, liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP – AL). Mesmo com a derrota do bolsonarismo nas urnas e com a vitória da esquerda espelhada na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, é bom destacar que a ofensiva da direita não foi ainda derrotada, pelo contrário se aprofunda, ao ponto em que as ilusões de não haver o risco de um novo golpe de Estado no Brasil estão fora de questão.
Os objetivos do golpe também ficam cada dia mais claros. Basta ver o programa dos prepostos dos imperialistas no governo federal, como, por exemplo, Marina Silva que, através do IBAMA, quer bloquear o desenvolvimento nacional, como no caso da exploração da jazida na Margem Equatorial, ou mesmo o silêncio dos mortos do Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em relação ao genocídio do povo palestino na Faixa de Gaza, além dos planos de “ajustes” defendidos pelos direitistas (dentro e fora do governo) em relação à política adotada nos estados por eles dirigidos (como os ataques ao funcionalismo e tentativa de privatização do Banco de Brasília (BRB), a privatização da Sabesp em São Paulo, e a política de destruição da Educação e Saúde, como acontece no DF, SP, RJ, PR, GO, etc.)
Os sindicatos são uma arma fundamental dos trabalhadores contra o aumento da exploração capitalista e, neste momento mais ainda, precisam atuar como uma frente de luta e unidade dos explorados contra a ofensiva da direita e na defesa dos interesses dos trabalhadores.
A direita já deu mostras (como no caso da substituição da presidência da Caixa Federal) que está disposta a cada dia ir minando o governo Lula no sentido de impor uma política de ataques aos trabalhadores para favorecer os interesses de meia dúzia de banqueiros e grandes capitalistas às custas de uma maior exploração da classe trabalhadora.
Nesse sentido, é necessário organizar uma gigantesca mobilização, através de Plenárias Nacionais, Congressos, etc. para deliberar uma pauta de luta dos interesses dos trabalhadores, tais como a Estatização do Sistema Financeiro sob o controle dos trabalhadores; abaixo as demissões e terceirizações; reposição das perdas salariais; Reestatização da Eletrobrás; Petróleo 100% nacional; etc. Somente a luta nas ruas poderá barrar a sanha reacionária dos patrões.