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Segunda parte

Uma resposta à pequena burguesia academicista II

A pequena burguesia é uma camada social profundamente oscilante. Ora paira pelo programa do proletariado, ora pelo programa da burguesia.

A pequena burguesia é uma camada social profundamente oscilante. Ora paira pelo programa do proletariado, ora pelo programa da burguesia. Por ser vacilante e a corda sempre quebrar no lado do mais fraco, a pequena burguesia na maior parte de seu tempo, paira sobre o programa da burguesia.
Nesse sentido, ideologicamente a concepção pequeno burguesa, absorve da burguesia o entendimento de que o proletariado, os sem-tetos, índios, quilombolas, camponeses e demais explorados, são cidadãos de segunda categoria. Para estes, somos seres inferiores, abruptos, embrutecidos e sem capacidade de formulação intelectual.
Essa questão da separação do trabalho manual, do trabalho intelectual, é inclusive uma das principais características da sociedade burguesa, destacada por Karl Marx e Friedrich Engels.
Todos esses preconceitos são reproduzidos pela pequena burguesia acadêmica, mesmo os mais vinculados à esquerda. Tudo isso ocorre, em certa medida, por conta da posição social em que se encontram. São funcionários de uma alta burocracia estatal, vinculada ao regime político atual. Algo que tentam negar, como se fosse possível passar uma borracha no que está na frente de nossos olhos, como se fossemos tapados.
Essa vinculação fica mais nítida ainda, quando vemos as cifras que a burguesia internacional coloca nas mãos destes senhores [1].
Tal prática se reflete bastante, quando esses elementos tentam tratar as lideranças dos trabalhadores como se fossem seus estudantes ou estagiários, e adotam aquela conhecida tônica professoral, que é de dar sono em qualquer um, mesmo após tomar uma xícara de café forte. Os “donos da verdade”, os “detentores do conhecimento oficial”, os “iluminados”, os “bem pensantes”, os “bem falantes”, os “científicos”. Os “inventores da roda”.
Tudo isso era completamente rechaçado por Lenin e que pode ser verificado no artigo “Sobre a confusão entre política e pedagogia”.
Toda essa questão atinge graus superiores em países de capitalismo atrasado, onde a repressão e o domínio do imperialismo é extremamente elevado, e que o mesmo só pode fazer sua política imperial vingar influenciando a pequena burguesia e a burguesia nacional à atual dessa tal maneira.
É preciso destacar, que não existe marxismo na academia, e qualquer tentativa de propagandear essa falácia de que existe marxismo neste espaço institucionalizado e aburguesado, faz parte de uma completa vulgarização do socialismo científico e degeneração ideológica.
Há que se estranhar quem propaga esse tipo de mentira, quando Lenin por outro lado, em seu artigo “As três fontes e as três partes constitutivas do marxismo”, destaca que: “A doutrina de Marx suscita em todo o mundo civilizado a maior hostilidade e o maior ódio de toda a ciência burguesa (tanto a oficial como a liberal), que vê no marxismo uma espécie de “seita perniciosa”. E não se pode esperar outra atitude, pois, numa sociedade baseada na luta de classes não pode haver ciência social “imparcial”. De uma forma ou de outra, toda a ciência oficial e liberal defende a escravidão assalariada, enquanto o marxismo declarou uma guerra implacável a essa escravidão. Esperar que a ciência fosse imparcial numa sociedade de escravidão assalariada seria uma ingenuidade tão pueril como esperar que os fabricantes sejam imparciais quanto à questão da conveniência de aumentar os salários dos operários diminuindo os lucros do capital.”
Logo, fica desnudada a falácia dos supostos marxistas dos gabinetes institucionais das universidades, dos “revolucionários” de auditório.
Antes da revolução russa, menos de 1% da população daquele país era alfabetizada [2]. O que demonstra que a questão do processo revolucionário, não depende do conhecimento formal. Mas sim, das condições objetivas colocadas pelo desenvolvimento das forças produtivas e do programa político dos revolucionários para atuar na situação de acordo com as tendências sociais advindas da mesma.
Portanto, não devemos nos iludir com fraseologias ocas de figuras que nunca vivenciaram na pele a desgraça que é o despejo, a fome, a prisão, a perseguição judicial, etc. Os trabalhadores no decorrer da história constituíram imensas organizações políticas derramando muito sangue e suor; os trabalhadores junto a Marx, Engels e Lenin, elaboraram uma teoria e um método científico revolucionário sobre o movimento eterno da matéria. E portanto, os trabalhadores não devem dobrar seus joelhos diante da pirotecnia dos títulos dos acadêmicos, que em grande medida são advindos por seus trabalhos prestados para a burguesia.
O marxismo-leninismo é uma concepção de mundo que não se dobra diante de ninguém e de nada!
“Temos estômago forte, somos marxistas, duros como pedra.” – Lenin.
[1] Disponível em: https://jornal.usp.br/…/levantamento-mostra-quem…/
; https://www.ufabc.edu.br/…/uma-breve-analise-do…
.
[2] Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/…/revolucao-russa-de…

* A coluna não expressa necessariamente a opinião desse jornal

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