No último dia 26 de outubro, o programa Marxismo, com Rui Costa Pimenta, da COTV, que vai ao ar todas as quintas-feiras, ao meio-dia, apresentado pelos companheiros João Jorge Pimenta e Henrique Áreas, com o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, abordou a Palestina e Israel sob a ótica dos principais conceitos marxistas e a luta dos povos oprimidos contra seus opressores.
A primeira questão analisada por Rui Costa, sob perguntas dos entrevistadores e o público da internet, foi sobre o terrorismo individual, o qual fora considerado uma farsa, visto que o que chamam de terrorismo individual é, na verdade, uma luta de libertação nacional, como, por exemplo, ocorrera no Vietnã. Para os opressores, toda reação é considerada terrorismo. Rui Pimenta desmontou essa tese do terrorismo individual que vem sendo difundida de forma cínica por toda imprensa ocidental. “Quando um povo luta não é terrorismo individual”, afirma Rui.
O sionismo, que é apoiado pelo imperialismo, pratica uma verdadeira limpeza étnica, são os verdadeiros terroristas no Oriente Médio. São inimigos do povo palestino. Culpam o Hamas como organização terrorista e religiosa, inclusive setores da esquerda fazem avaliações horrendas sobre o grupo que foi revolucionário nessa luta de libertação. Rui Pimenta chama a atenção para a questão concreta sobre a política. Independente de ser um grupo religioso ou das características de suas ideias, o Hamas tem uma política que é a luta em nome do povo palestino, uma luta para todo o povo, não especificamente para a libertação da mulher ou de qualquer outra minoria oprimida. Os identitários usam essa questão para desviar a luta e condenar o Hamas como terrorista. Se não fosse ele, os palestinos já teriam sido varridos do mapa. Rui critica esses setores da esquerda que adotam críticas ao Hamas e não entendem a verdadeira luta necessária do povo palestino, que precisa se armar:
“A luta armada é um imperativo. Se o PCO estivesse na Palestina seria uma organização armada. Não tem sentido você fazer um movimento que não seja armado quando você está sendo massacrado todos os dias“, diz Rui sobre quem se diz revolucionário, mas erroneamente critica o islamismo e a luta armada do Hamas.
Outro erro de análise contra o Hamas é considerá-lo um grupo pequeno-burguês. Rui deixa claro que o grupo não deve ser enquadrado como mero grupo burguês, pois é formado por membros do povo, por trabalhadores, e a questão não é essa, mas sim a política prática de combater o sionismo e a ditadura do Estado de Israel. A política do Hamas não é reacionária, como a direita quer transmitir. É o contrário. A ação do Hamas é um avanço em prol da libertação do povo e a conquista do Estado Palestino.
“A luta pela libertação nacional dos países oprimidos pelo imperialismo é uma luta revolucionária e é uma luta que contribui para a revolução proletária internacional, então nós temos que apoiar“, afirma Rui.
Rui Pimenta esclareceu ainda que o Partido da Causa Operária luta pelo fim do genocídio do povo palestino, pelo fim da ocupação israelense e por um Estado Palestino, o qual nunca fora arquitetado, nem ao menos a efetivação de dois Estados. Ninguém quis dar para os palestinos esse Estado, apenas fortalecer Israel na sua política genocida.
É preciso defender a causa palestina e esclarecer que essa guerra é uma guerra de todos os povos oprimidos contra o sionismo e imperialismo opressores.
Assista essa e outras análises do programa sobre a guerra entre Israel e Palestina sob uma ótica revolucionária e marxista.