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Greve

Uma greve operária que coloca em xeque o regime dos EUA

Os trabalhadores automotivos filiados ao United Auto Workers (UAW), entram em seu 7° dia de greve.

Os trabalhadores automotivos filiados ao United Auto Workers (UAW), entram em seu 7° dia de greve. A greve ocorre em três plantas das chamadas três grandes montadoras Ford, General Motors e Stellantis.

A greve

Entrando em seu sétimo dia, a greve conta com adesão de 12.700 dos 145 mil trabalhadores filiados a UAW. A própria direção da UAW, não convocou abertamente os trabalhadores a paralisação, focando em três plantas fabris.

A paralisação está limitada às fábricas da Ford, no estado do Michigan, da Stellantis, em Ohio, e da GM, no Missouri.

Nas palavras de Shawn Fain: “Os trabalhadores do setor automotivo esperaram o suficiente para acertar as coisas nas três grandes (montadoras). Não estamos esperando e não estamos brincando. Portanto, meio-dia de sexta-feira, dia 22 de setembro, é um novo prazo”.

Segundo Fain argumentou num artigo de opinião para o Detroit News: “A grande mentira é que eles precisam destas poupanças de custos para financiar os seus investimentos em veículos elétricos. Na verdade, as empresas automobilísticas são mais lucrativas agora do que há décadas. Na última década, só os Três de Detroit (Ford, GM e Stellantis) obtiveram lucros de 160 bilhões de dólares.”

As reivindicações

As reivindicações da UAW são de aumento salarial de 40%, aumento de benefícios, proteção do emprego, diminuição da jornada de trabalho para 32 horas semanais, quatro dias por semana e ampliação e melhora das aposentadorias.

Nas últimas décadas os trabalhadores filiados a UAW perderam benefícios, com algumas empresas alegando possibilidade de falência. No período pandêmico houve redução salarial, para os trabalhadores, entretanto os presidentes tiveram aumentos de 40%.

Até o presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou “respeitar” à paralisação. “Quando liguei para elas [montadoras] pela 1ª vez, no 1º dia de negociação, disse: ‘Por favor, coloquem na mesa o máximo que puderem para tentar resolver isso’”. Biden ainda reconheceu o lucro das montadoras “Mas acredito que elas deveriam ir mais longe para garantir que lucros recordes signifiquem contratos recordes para o UAW”.

Evento raro

É a primeira vez na história da UAW que ocorre uma greve multi-fabrica, demonstrando uma tendência da classe trabalhadora a união. Essa greve é um movimento de classe dos trabalhadores, algo difícil de acontecer nos EUA.

Entre os filiados da UAW 65% não tem curso superior ou equivalente, estando suas condições de vida estritamente ligada aos acordos obtidos pela UAW. Essa categoria sindical acaba por ter uma elevação significativa no padrão de vida dos trabalhadores.

Por exemplo, os trabalhadores negros correspondem a apenas 12,5% da mão de obra na economia norte-americana. Entretanto, na industriaria automotiva esse número sob para 16,6% da mão de obra. Sendo esse setor fundamental para todo uma secção da classe trabalhadora nos EUA.

A migração para VE

Por questões econômicas e geopolíticas, entre estas a limitação das reservas de petróleo e sua posse, atrativo comercial da nova tecnologias elétricas e redução dos custos de produção das mesmas. A um movimento de migração dos veículos a combustão para veículos híbridos ou totalmente elétricos.

Linhas de montagem de veículos elétricos movidos a bateria são menos complexa que linhas de veículos de combustão interna. Amém disso, essas linhas requerem uma infraestrutura mais simples, reduzindo muito os custos.

Segundo o Economic Policy Institute (EPI), a migração em larga escala para veículos elétricos acarretaria uma perda de 250 mil empregos na montagem e produção de peças automotivas. Isso mantidas as condições atuais de trabalho, como jornada, nas empresas de veículos elétricos.

Empresas não reconhecem o UAW

As fábricas de baterias para veículos elétricos, geralmente de caráter joint venture, não reconhecem o UAW como representante dos seus empregados e recursam-se a realizar acordos.

Essa realizada afeta as condições de trabalho e salariais. O restante dos trabalhadores filiados a recebem em média US$ 27,99 por hora. Enquanto os trabalhadores não filiados nas fábricas de baterias dos veículos elétricos, recebem em média US$ 16,50, por hora.

Essa precarização também se dar nas condições de trabalho, os trabalhadores das fábricas de baterias enfrentam riscos químicos e físicos, com condições reconhecidamente inadequadas pelas autoridades governamentais.

Sob todos os aspectos temos uma realidade distinta para os trabalhadores não filiados a UAW. Que os patrões tentam impor a todos, através da migração de plataforma.

Quem paga a conta? 

Com a aprovação sanção da administração Biden do Inflation Reduction Act (IRA), em agosto de 2022, entre outras legislações locais, houver uma transferência bilionária dos cofres públicos norte-americanos para o setor automobilístico. Essa legislação ainda colocar uma série de isenções fiscais até 2032, aumentando o montante.

Apenas com isenções no setor energético, estimasse uma transferência de US$ 200 bilhões durante a vigência do IRA. Não me admiraria que o montante das isenções no período ultrapasse a casa dos trilhões de dólares nesta próxima década, e a população norte-americana é quem pagara por esse assalto ao seu Estado.

Então os monopólios capitalistas dos EUA, querem que a classe trabalhadora norte-americana paguem as mudanças operacionais envolvidas através dos impostos e com suas condições de vida. 

Facilmente se alastra

A mobilização operária como uma chama lambe essa categoria e facilmente pode se alastra. É um risco aberto alto ao regime imperialistas, ter que enfrenta a mobilização de um setor forte da classe trabalhadora em seu território.

O crescimento e prolongamento da paralisação afetara presadamente a situação econômica nos EUA. Ameaçando abertamente a dominação nos EUA dos principais partidos imperialistas.

E a greve em si já é uma crise

A greve em si já é uma crise principalmente par ao governo Biden, que tem frutada sua tentativa de melhora seu posicionamento nas próximas eleições. Com a tentativa de reverte a política de Bill Clinton, com a China em 1999, que destruiu mais de cinco milhões de empregos nos EUA.

O movimento, também, não tende a apoia Trump, abrindo uma crise na representação política. Nas palavras de Fain: “Cada fibra do nosso sindicato está sendo aplicada na luta contra a classe bilionária e contra uma economia que enriquece pessoas como Donald Trump à custa de Não podemos continuar elegendo bilionários e milionários que não têm nenhuma compreensão do que é viver de salário em salário e lutar para sobreviver, esperando que eles resolvam os problemas da classe trabalhadora.”

É inegável a influência desta greve nas próximas eleições nos EUA, na sua economia e na totalidade do se regime político. A mobilização de classe dos trabalhadores colocar o regime imperialista em xeque.

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