Um grupo de estudantes decidiu lançar um abaixo-assinado contra uma pintura localizada na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (EBA-UFBA), no bairro do Canela, em Salvador. A pintura em questão, conhecida como Alegoria da Lei Áurea, ilustra a princesa Isabel e a assinatura da lei que oficialmente encerrou a escravidão no Brasil.
Com cerca de 550 assinaturas, o abaixo-assinado pede a retirada do quadro do pintor espanhol Miguel Navarro y Cañizares, produzido em 1888. O grupo pede ainda que a universidade faça uma “retratação pública” e exigem a mudança do nome de uma das galerias que atualmente homenageia o pintor.
“Propomos um exercício crítico e aberto à comunidade interna em torno dos pactos sustentados pela branquitude, o que tem assegurado a permanência do quadro descrito e a respectiva ausência de debate e comoção em torno de mais uma violência”, diz a petição.
Essa está longe de ser a primeira campanha identitária que procura constranger o Brasil por sua história, que seria “racista” e “genocida”. Temas como a abolição da escravidão, que foi o resultado de um processo revolucionário, e as expedições bandeirantes, que foram decisivas para a expansão do território brasileiro, têm sido tratados como grandes crimes contra a humanidade.
Além de ser um atentado contra a produção cultural do País, pois o alvo dos ataques é uma obra de arte, campanhas como essa servem apenas para atacar a história do Brasil de conjunto, o que torna mais fácil para que os verdadeiros inimigos do povo brasileiro destruam o País.