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Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e faz parte da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

Novo estágio de lutas

Um programa de luta contra o roubo dos salários

As degradações das condições econômicas vêm impulsionando as mobilizações das diversas categorias de trabalhadores

Superar as limitações das direções sindicais, organizar a mobilização a partir dos locais de trabalho, formar comandos de base e Comitês, para impulsionar a luta pela reposição de 100% das perdas salariais e pelo disparo do “gatilho salarial” toda vez que a inflação alcançar 3% para todos os trabalhadores. Esses são alguns pontos das pautas de reivindicações que estão colocadas para os trabalhadores no próximo período.

O anúncio, pelo IBGE, do índice de inflação oficial do País em 4,61% em 12 meses, no momento em que crescem as lutas operárias, trouxe à tona a relação casada entre inflação e mobilização operária.

As degradações das condições econômicas vêm impulsionando as mobilizações de servidores públicos, brutalmente afetados pela política de cortes nos gastos públicos e pelo aumento constante da inflação. Essa situação está explodindo no setor privado, com destaque para as greves dos trabalhadores terceirizados e do setor da saúde.

Mesmo diante do desemprego, a escalada do aumento do custo de vida falou mais alto, o que aponta para uma tendência de conjunto, para a extensão das greves para outros setores da classe operária, pelotão decisivo da luta dos explorados do País.

Isso pode levar o Brasil a entrar em uma nova etapa da luta de classes, impulsionada pela polarização política impulsionada pela intervenção da classe trabalhadora na situação.

Foi uma situação similar a essa que colocou fim à ditadura militar e também destroçou o governo Sarney, etapa marcada por um ascenso da classe trabalhadora que teve início no final dos anos 70 até meados dos anos 80 do século passado, quando se deram as maiores mobilizações operárias de toda a história do País, chegando a ocorrer mais de 15 mil greves em um ano (1985), tendo como motores principais a explosão inflacionária e a crise do regime militar.

A esquerda classista deve não apenas acompanhar a situação e ver se se confirma a tendência do efeito de contágio das greves, mas ter uma política para atuar sobre os acontecimentos. São várias questões que estão na ordem do dia, como a independência do Banco Central, a aprovação da Reforma Administrativa (PEC 32) no reacionário Congresso Nacional, etc. A mobilização da classe operária em torno das suas reivindicações econômicas é uma questão chave, decisiva, na etapa atual.

Se for desenvolvida uma ampla mobilização por lutas econômicas, essa mobilização pode se transformar, também, em um movimento político, o que seria uma etapa superior.

Nesse momento é necessário lançar no movimento dos trabalhadores um programa com reivindicações que se apresente como guia e estimule o desenvolvimento dessas mobilizações.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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