Há pouco mais de um mês atrás, um apagão histórico deixou 2,1 milhões de pessoas sem energia elétrica em São Paulo, resultado da atuação criminosa da Enel na região. Até agora, moradores de diversos bairros continuam relatando oscilações e interrupções no fornecimento de energia após chuvas e ventais. Segundo dados do Procon, cerca de 3,1 mil consumidores reclamaram ao órgão contra a multinacional italiana desde o dia 3 de novembro.
Cabe ressaltar que, segundo Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo do Procon/SP, nos 10 meses anteriores ao blecaute, haviam sido registrada 15 mil queixas, cerca de 1,5 mil por mês. Ou seja, o montante do último mês representa um aumento de 100% na quantidade de reclamações contra a Enel.
A Enel continua insistindo que não é a principal culpada pelo estado do fornecimento de energia em São Paulo. A empresa italiana sustenta que interrupções de energia pode ter origem em fatores externos à rede de distribuição de energia, reforçando a culpa do fenômeno climático El Niño. Ademais, sobre as reclamações, a multinacional questiona a forma como elas são registradas, chegando ao absurdo de afirmar que o índice de queixas está em queda.