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Conferência de São Paulo

Um exemplo prático para mobilizar toda a esquerda

Preparando o terreno para a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, evento reuniu mais de 120 pessoas

No último domingo (4), ocorreu a Conferência Estadual dos Comitês de Luta de São Paulo, em preparação para a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, no próximo fim de semana, dias 9, 10 e 11, na quadra dos bancários, no centro de São Paulo. O evento ocorreu no Centro Cultural Benjamin Péret, na República, com o objetivo de amadurecer a discussão política e aumentar a convocação para o evento nacional.

Uma situação muito grave

O momento político no Brasil é decisivo. A eleição de Lula representou a primeira grande vitória da esquerda desde o golpe de Estado de 2016. Ao mesmo tempo, a vitória se mostrou parcial, pois o governo se encontra sitiado, o presidente não consegue implementar suas propostas econômicas mais fundamentais, de maior impacto no cenário nacional. O aumento pífio do salário mínimo é demonstrativo desse fato. Já a posição do Banco Central, na figura de seu presidente, Roberto Campos Neto, que mantém a taxa de juros elevada sem justificativa e abertamente defende uma política de recessão para a economia brasileira, é uma verdadeira ilustração dos planos da burguesia.

Há uma sabotagem em curso organizada pela burguesia para, através do sofrimento da população, da deterioração das condições de vida dos trabalhadores, erodir a base de sustentação do governo, jogar a situação numa instabilidade que permita uma ofensiva golpista aberta contra Lula. Essa ofensiva já pode ser observada por todos os lados, embora ainda não declarada.

Desarmamento político

O cenário se desenvolve de tal maneira que Lula não possui um amplo movimento de massas no qual se escorar para fazer avançar as demandas populares. Enquanto isso, a comunicação do governo não vai até o trabalhador. O trabalhador, nesse sentido, está abandonado, e a secretaria de comunicação do governo afirma ser isso algo proposital, para “não polarizar a situação política”. Ao “não polarizar”, ocorre na realidade uma ilusão, assim como em 2016, de que é possível conciliar com a burguesia, ao passo em que a crise econômica internacional aumenta de maneira aguda.

Na prática, tal política mantém o governo desarmado, sem sua base organizada para enfrentar a sabotagem do Banco Central, do Congresso Nacional, e a ameaça militar que se mostrou clara no dia 8 de janeiro. A imprensa burguesa sobe o tom diariamente contra Lula, e mente descaradamente para minar o presidente em todas as frentes possíveis.
A política de cúpula, de conciliação e acordos, demonstrou sua inefetividade em 2016. Sem a organização dos trabalhadores, o governo do PT, à época, não conseguiu resistir ao golpe, que deu lugar a um duríssimo ataque contra a população.

O caminho concreto para a mobilização

O PCO, nesse sentido, não consegue resolver o problema, porque ele só pode ser resolvido, de fato, pelas forças majoritárias da esquerda. Ainda assim, o Partido consegue apontar a direção com sua imprensa, se colocar como vanguarda do movimento e demonstrar, pelo exemplo, o que deve ser feito. Já existe uma tendência de mobilização dos trabalhadores. Apesar de ainda pequena ela existe, e pode ser desenvolvida. A Conferência Nacional impulsiona essa tendência.

A gravidade da situação apresenta, também, a possibilidade de mudança da correlação de forças na sociedade. O impacto da atividade já afeta amplos setores da esquerda, e os pressiona a sair da paralisia. No objetivo a que se propõe, o evento já cumpre seu objetivo em grande medida, e tudo aponta que será um grande sucesso.
Dirigente nacional do Partido, o companheiro Antonio Carlos colocou: “Que a conferência seja um empurrão, um pontapé para a mobilização”.

A Conferência Estadual de São Paulo na medida do possível teve esse caráter. Fabiano, do Movimento de Inclusão e Moradia, declarou a este Diário: “os movimentos sociais e os trabalhadores têm que se unir para defender o governo”. Da Aliança da Juventude Revolucionária, Julia Scalvenzi deu sua declaração: “estamos empenhando muito trabalho para chamar gente de todo o Brasil para a Conferência Nacional, tem companheiros trabalhando quase 24 horas para arranjar dinheiro, produzir materiais. Será uma conferência muito importante”.

O tempo corre, e já estamos na última semana para o evento que pode ser a fagulha para uma virada na situação política. É preciso prosseguir na organização, chamar todos os setores da esquerda que se dispuserem a lutar contra a ameaça golpista e pelas reivindicações urgentes dos trabalhadores. Ampliar a convocação, em cada sindicato e estado da federação, arrumar as caravanas para fazer a discussão política após a vitória dos trabalhadores que foi a eleição do presidente Lula. Discutir, organizar o movimento, romper a paralisia da esquerda e continuar a avançar.

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