Por quê estou vendo anúncios no DCO?

O fim da guerra?

Ucrânia: uma guerra sustentada pelos norte-americanos

Chanceler alemão ilustra a indisposição dos países europeus com a Ucrânia

Explosão em Kiev

No dia 24 de fevereiro de 2022, a Rússia sob o comando do presidente Vladimir Putin, lançou sua operação especial para desnazificar o país vizinho e defender sua soberania nacional. A Ucrânia, vítima de um golpe de estado em 2014, foi utilizada como bucha de canhão para atender os objetivos nefastos do imperialismo, sobretudo, o norte-americano e, ser a ponta de lança em um ataque aos russos. A guerra por procuração, inicialmente, teve um apoio de todo o dito “Ocidente”, ou seja, o imperialismo europeu, norte-americano e japonês. Estes países apoiaram os nazistas ucranianos com verbas exuberantes, equipamentos militares e armas e mais armas, além de tentar enfraquecer a economia russa com infinitas sanções econômicas.

Passado cerca de um ano e seis meses, a situação se coloca como insustentável. As sanções não surtiram efeito, pelo contrário, assim como um bumerangue, acabaram se voltando contra os países da Europa, que tem como consequência números elevadíssimos na inflação, sem contar a crise energética, o que tem gerado uma série de revoltas por parte da população e um sentimento anti-OTAN. Com o passar do tempo, a realidade vem se impondo com clareza, escancarando o que de fato significa essa guerra e quem financia e se beneficia com este acontecimento político.

Em uma recente cúpula realizada na Arábia Saudita, que reuniu 40 países, incluindo a China, em busca de um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, o chanceler alemão demonstrou uma certa indisposição com o envio de armas à Ucrânia. Olaf Scholz iniciou seu discurso com uma argumentação legalista, comentando a “autodeterminação dos povos”, “Faz sentido para nós continuar essas conversas porque elas aumentam a pressão sobre a Rússia para que perceba que tomou o caminho errado e que deve retirar suas tropas e tornar a paz possível”, disse o político alemão. Mas, logo em seguida, de forma evasiva, desconversou sobre enviar os mísseis de cruzeiros Taurus: “Tal como no passado, iremos sempre rever cada decisão com muito cuidado, o que é possível, o que faz sentido, o que pode ser o nosso contributo”. Tendo em conta que a Alemanha, depois dos EUA, é o país que mais envia armas à Ucrânia, fica claro que a Europa está cansada de arcar com os custosos sacrifícios em nome de uma guerra que beneficia somente os Estados Unidos da América. 

A Ucrânia lançou uma ofensiva em larga escala contra a Rússia para retomar alguns territórios, porém os dois meses de ofensiva estão sendo um completo fracasso, ou melhor, uma máquina de moer carne humana, são 43.000 mil soldados ucranianos mortos, segundo Kiev. As recentes frustrações na guerra russo-ucraniana, somado ao esforço dos países, com exceção dos EUA, ao tentarem chegar a um acordo de paz, mostra que o conflito está chegando ao seu fim. A vitória da Rússia se aproxima e isso significa uma derrota ainda mais importante do imperialismo do que a guerra no Vietnã, no Iraque e no Afeganistão. O capitalismo está em uma crise inédita e essa derrota é um passo decisivo para sua derrubada. A vitória da Rússia é a vitória dos países oprimidos ao redor do mundo, é um flanco que foi aberto e possibilitou a rebeldia dos demais países de capitalismo atrasado.

A ação de Putin decreta uma crise de proporções à dominação imperialista. Ao contrário do que pensa a esquerda pequeno-burguesa ao não se posicionar a favor dos russos pelo “direitismo” de Putin, os trabalhadores de todo o mundo precisam se colocar ao lado dos russos. A luta de classes se colocou em terreno internacional e o só existe um lado certo, entre uma potência espoliadora e um país exportador de commodities, deve-se apoiar o país pobre. Essa é a política revolucionária dos dias de hoje; a posição marxista e, pode ser comprovada pela linha de raciocínio de Leon Trótski em uma entrevista a Mateo Fossa no ano de 1938:

“Existe atualmente no Brasil um regime semi-fascista que qualquer revolucionário só pode encarar com ódio. Suponhamos, entretanto, que amanhã a Inglaterra entre em conflito militar com o Brasil. Eu pergunto a você de que lado do conflito estará a classe operária? Eu responderia: nesse caso eu estaria do lado do Brasil “fascista” contra a Inglaterra “democrática”. Por que? Por que o conflito entre os dois países não será uma questão de democracia ou fascismo. Se a Inglaterra triunfasse, ela colocaria um outro fascista no Rio de Janeiro e fortaleceria o controle sobre o Brasil. No caso contrário, se o Brasil triunfasse, isso daria um poderoso impulso à consciência nacional e democrática do país e levaria à derrubada da ditadura de Vargas. A derrota da Inglaterra, ao mesmo tempo representaria um duro golpe para o imperialismo britânico e daria um grande impulso ao movimento revolucionário inglês. É preciso não ter nada na cabeça para reduzir os antagonismos mundiais e os conflitos militares à luta entre o fascismo e a democracia. É preciso saber distinguir os exploradores, os escravagistas e os ladrões por trás de qualquer máscara que eles utilizem!” 

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.