Segundo dados do Ministério da Saúde da Ucrânia, o país teve pelo menos 15 mil novos casos de amputação no primeiro semestre deste ano, um contingente superior aos cerca de 12 mil amputados no Reino Unido durante os seis anos da Segunda Grande Guerra. É o que aponta uma reportagem da rede britânica BBC (“Guerra contra Rússia: ‘É preciso nova definição de beleza na Ucrânia’ diante de ‘exército’ de amputados”, Orla Guerin, 26/9/2023). Segundo a matéria, no entanto, os próprios soldados ucranianos denunciam que os casos “são pelo menos três vezes mais do que eles dizem” (idem).
“Eles querem nos esconder. Não querem que as pessoas saibam quantos somos realmente. Eles estão preocupados que outros não queiram se juntar ao exército e lutar”, conclui. A reportagem de BBC cita ainda Olga Rudneva, diretora-executiva do centro de reabilitação “Superhumanos”, segundo a qual a grande presença de amputados no país demandará “uma nova definição de beleza na Ucrânia”. Por fim, Rudneva acrescenta que “esta é a nossa nova normalidade”.