No último dia 8, entrou no ar mais uma edição da TV Mulheres, o tradicional programa dominical do PCO cuja missão é trazer assuntos de interesse da mulher do povo. TV Mulheres é apresentado por membros do Coletivo Rosa Luxemburgo, coletivo de mulheres do PCO e de outros simpatizantes. No programa, apresentado por Nina, Stefania e Sílvia, as companheiras abordaram o apoio à reação da Palestina contra o Israel, um Estado nazista, responsável por um genocídio contra os palestinos. A imprensa golpista usa o discurso de que os palestinos são terroristas, mas convenientemente, a opressão rotineira sofrida pelo povo palestino é sempre esquecida. O mesmo pode-se dizer do povo de Afeganistão, que expulsaram os norte-americanos da região após muitos anos de submissão.
Foi lembrado também o golpe do prêmio Nobel da Paz, dado à iraniana Narges Mohammadi. Na Irã tem se feito um movimento forte apoiados por ONGs que denunciam a situação de mulher na região, mas não pode esquecer que as mulheres são oprimidas em todos os lugares do mundo, não importa o país. Ao dar o prêmio, o imperialismo usa a demagogia identitária para enfraquecer o governo iraniano.
Liderados pelos EUA, os países desenvolvidos usam o discurso de que no Irã as mulheres não têm direito nenhum, mas não pode esquecer que foi no próprio EUA que retirou o poder de decisão de mulheres ao aborto, deixando claro que o prêmio não tem outro objetivo além da propaganda política. Até Barack Obama ganhou o Prêmio Nobel de Paz, então qual o seu valor? O líder do país mais agressivo do mundo merece mesmo prêmio “da paz”? No programa foi lembrado que a condição da mulher só melhora com o desenvolvimento econômico, exatamente o que o imperialismo obstaculiza aos países atrasados.
Tratou-se também de Israel e da ofensiva liderada pelo Hamas contra o encrave imperialista no Oriente Médio. Diferente da manifestação do Lula, que posicionou contra o Hamas, precisamos estar do lado do povo oprimido pelo imperialismo. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também declarou: “Desejo exprimir minha absoluta condenação e repudio aos injustificáveis e brutais atos de violência e agressão contra civis israelenses desfechados a partir da faixa de Gaza, ao mesmo tempo que expresso profunda simpatia e solidariedade com as famílias das vítimas. Sinto angústia e tristeza com essa gravíssima ameaça à paz numa região já tão provada pelo sofrimento e pelos conflitos armados. Espero que o Brasil, neste momento na presidência do Conselho de Segurança da ONU, possa contribuir decisivamente para encaminhar uma solução que ponha fim de modo imediato à violência, abrindo caminho ao restabelecimento da paz na região.”
Para a ministra, até o ato do Hamas, a paz reinava na região, que vivia sem violência nenhuma, indicando que para Silva, “paz” é o genocídio do povo palestino por israelenses. Uma fala muito reacionária e assustadora, que coloca o problema da paz na conta dos palestinos. Sua fala, contudo, é coerente com a sua posição política, de ligação com ONGs, de George Soros, o verdadeiro chefe da ministra.
No PSOL, uma nova presidente “anti-identitária”: Paula Coradi, que acabou de ser eleita dirigir a sigla até 2026. Coradi já declarou que o PSOL não é identitário, mas continuou retomando a indicação de uma ministra negra no STF. Prioridade da atual presidente do PSOL: ampliar a quantidade de mulheres nos cargos eletivos. Sua missão real, no entanto, será outra: eleger o deputado Guilherme Boulos, de olho na capital paulista e buscando apoio nos setores à direita do PT.
Por outro lado, destacam as companheiras, fica mais do que evidente o declínio do identitarismo, a ponto de próprios seguidores se autodeclararem anti-identitários. O pessoal está percebendo que o identitarismo tem problema e o mérito disso é principalmente do PCO. O PSOL, por sua vez, revela estar em uma posição defensiva.
O coletivo, além de TV Mulheres tem a publicação mensal, a revista Mulheres, e também uma reunião semanal, geralmente aos sábados. A reunião é regional e caso tenha interesse em participar da reunião, adquirir alguma edição da revista ou mesmo fazer assinatura, basta entrar em contato com o telefone (011) 93403-2386 ou mulheres.pco@gmail.com. O programa pode ser assistido no link abaixo: