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Contrários ao imperialismo

Turquia e Rússia propõem acordo para Israel e Palestina

Os países confluem na proposta de dois Estados, sendo um Estado Palestino independente. Apesar de estar em contradição com o imperialismo, a solução é um Estado Palestino único.

Uma ação heroica e revolucionária por parte dos palestinos teve início nesse sábado (7). Liderados pelo Hamas, principal organização da resistência palestina, inúmeros militantes adentraram no território “israelense” (ou melhor, no território roubados pelos sionistas), por terra, ar e mar, capturando várias bases militares, armamento e reféns e travando combate com os militares do Estado fascista de Israel.

Até o presente momento, segundo números divulgados, o conflito resultou em cerca de 3.555 mortos, sendo 2.355 do lado palestino e 1.200 do lado sionista. O que mostra que foi uma das ofensivas mais bem sucedidas na histórica resistência da Palestina contra Israel. Uma demonstração do declínio do imperialismo no Oriente Médio, e do avanço da luta dos oprimidos por sua libertação nacional.

Diante disto, o imperialismo saiu a socorro do Estado sionista. Colocou em moção absolutamente toda sua imprensa, condenando a ação justa do Hamas (e outros grupos) como terrorismo, taxando-os como selvagens e monstros. Contudo, na tentativa de minimizar o impacto da Operação Dilúvio de al-Aqsa, os sionistas já deram início a bombardeio sistemático da Faixa de Gaza, concentrando seu poder de fogo em civis. De forma que já resultou em milhares de feridos e cerca de 200 mil palestinos desalojados (sem contar os mortos). Um bloqueio total da região foi determinado por Israel, incluindo corte de água. De forma que já fica difícil esconder que os verdadeiros monstros são aqueles a serviço do Sionismo e do imperialismo.

Com a escalada do conflito, políticos de todo mundo, sejam imperialistas, sejam representantes de países oprimidos se pronunciaram a respeito de formas de resolução do conflito.

Os EUA, obviamente, não estão interessados em nenhuma solução em que os palestinos conquistem algo. Sua base militar, seu sustentáculo no médio oriente foi atacada e desmoralizada, expondo fraqueza. Para mostrar força, e tentar se recuperar do golpe, já enviou porta-aviões para a região, além de dinheiro e armas para Israel.

Nessa segunda-feira, a União Europeia anunciou que suspenderia “ajuda humanitária” aos palestinos. Embora já tenha recuado, isto mostra que o imperialismo europeu não possui o mínimo interesse de uma resolução na qual a Palestina sai vitoriosa.

Em declaração, Josep Borrell, a recuar na decisão de suspender a “ajuda”, disse que seria uma “punição a todo o povo palestino, e teria danificado os interesses da UE na região, e impulsionado os terroristas, tornando-os mais audaciosos”. O que demonstra que o interesse do imperialismo e manter os palestinos controlados.

De outro lado, líderes de países oprimidos propuseram outro tipo de solução para o conflito. Recep Tayyip Erdogan, presidente da Turquia disse estar determinado a utilizar da diplomacia para resolver o conflito, entendendo que uma solução de dois Estados é a única maneira de alcançar a paz na região, e que eventual Estado palestino deveria ser independente e ter como capital a cidade de Jerusalém.

No mesmo sentido, a Federação Russa defende a criação do Estado Palestino, com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, manifestando preocupação com o envio de porta-aviões americanos para a região. Segundo Peskov, a intervenção dos EUA poderia fazer o conflito escalar por todo o Oriente Médio.

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores russo, reiterou que a “solução mais confiável” para a paz em Israel é a criação de um Estado palestino. “Discordamos daqueles que afirmam que a segurança só pode ser alcançada por meio da luta contra o terrorismo […] também é necessário entender as razões pelas quais a questão palestina não foi resolvida por décadas” – Lavrov.

Em suma, as posições da Turquia e da Rússia são mais progressistas que a dos países imperialista, que é manter os palestinos esmagados e controlados, sem nenhum direito, sem país. O que mostra que nem a Federação Russa e nem a República da Turquia são países imperialistas, como é frequentemente apregoado. Pelo contrário, é o enfrentamento desses países (principalmente Rússia) com o imperialismo é o que os impele a adotar posições em defesa de outros países oprimidos.

Contudo, é preciso frisar que a posição revolucionária deve ser a de um Estado Palestino único, laico, que abarque de forma igualitária todas as nacionalidades e todos os grupos religiosos da região. Um Estado Palestino que tenha de volta o território que lhe foi roubado pelos sionistas com o auxílio do imperialismo. Consequentemente, um Estado nacional que não seja uma base operações dos EUA para manter sua ditadura sobre o Oriente Médio.

Embora Rússia e Turquia frisem na questão de um Estado Palestino independente, dois Estados já é a situação que existe hoje. E o dos palestinos é um gueto esmagado pela ditadura sionista. A solução, portanto, não é dois Estados, mas apenas um único. Em que palestinos, judeus e cristão tenham seus direitos democráticos garantidos, sem diferenciação em razão da crença.

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