Na última terça-feira (01), Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi indiciado por “conspiração para fraudar os EUA”, “conspiração para obstruir um procedimento oficial”, “obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial” e “conspiração contra direitos”.
Nesta quinta-feira (03), Trump irá comparecer diante da juíza Moxila Upadhyaya, do tribunal federal do Distrito de Columbia. O promotor especial responsável pelo caso, Jack Smith, afirmou que busca um “julgamento rápido”.
Cabe ressaltar que Trump não será julgado por Moxila apesar de se apresentar perante ela, mas sim pela juíza Tanya S. Chutkan. Chutkan já possui um histórico de envolvimento em casos ligados à ocupação do Capitólio e é conhecida por suas sentenças truculentas, que superam as solicitações da acusação.
Vê-se, então, uma clara violação do Princípio do Juiz Natural.
Trump será julgado por alguém parcial, uma juíza que, pelo visto, está concentrando em suas mãos inúmeros casos referentes à ocupação do Capitólio.
Uma bela demonstração de democracia.
Não coincidentemente, processo análogo vem ocorrendo no Brasil, contra o ex-presidente golpista Jair Bolsonaro, que está sendo perseguido pelo a ocupação do Congresso por seus apoiadores no dia 08 de janeiro.
Tanto a perseguição judicial a Bolsonaro quanto aos bolsonaristas está sendo concentrada nas mãos de Alexandre de Moraes e do STF.
Vê-se, então, as diretrizes do imperialismo sendo seguidas à risca pelas instituições “democráticas” brasileiras.
Apesar da perseguição, a popularidade tanto de Trump quanto de Bolsonaro vêm crescendo, o que demonstra que não se combate a extrema-direita através da perseguição engendrada pelo Estado burguês.
Apenas a organização e mobilização da classe operária pode derrotar o fascismo.