A África se levantou a escrever um novo capítulo em suas histórias de luta contra a repressão sofrida pelo imperialismo francês. O golpe de Estado do Níger foi uma urgência dessa campanha, destinada à libertação da dominação francesa.
Em julho de 2023,a guarda presidencial do Níger derrubou o presidente pró-imperialista, Mohamed Bazoum, um golpe militar desenvolvido na sequência de eventos similares ocorridos no Mali e em Burquina Fasso. Os golpes buscaram romper com a dominação imperialista, alinhando os países africanos insurgentes com a Rússia e a China.
A aproximação com os dois maiores países do mundo buscava uma cooperação militar e econômica, principalmente voltados a melhorias na infraestrutura africana. A população dos países oprimidos pela França, exausta dos abusos e não suportando mais a vida miserável em um país tão rico em recursos minerais como o Níger, exigiu também a saída das tropas franceses com as quais ameaçava retomar sua dominação.
Com 24 milhões de habitantes, dos quais 47% abaixo da linha da miséria e 11% dispondo de acesso à saúde. O Níger viu grandes mobilizações no mês de setembro em frente base militar francesa na capital Niamei, exigem a saída do embaixador francês e também as indesejadas tropas invasoras.
O presidente da França, Emmanuel Macron, disse em nota oficial que iniciou a retirada das tropas. 400 soldados serão os primeiros a saírem da cidade Ouallan. A expulsão das tropas francesas do continente africano, pavimenta o caminho para o fim do terror com o qual o imperialismo francês esmagou as pobres nações africanas por décadas, submetendo o povo africano à fome e à miséria. Desde o advento da Guerra ao Terror, o pretexto era combater o terrorismo. Na prática, os terroristas eram os próprios franceses. Não mais.