No maior Complexo Operacional dos Correios, o CTC/Jaguaré, localizado na Vila Leopoldina, região oeste da capital de São Paulo, os trabalhadores denunciaram aos representantes da corrente sindical Ecetistas em Luta que encontram-se sobrecarregados no desempenho de suas atividades laborais, uma situação que resulta da redução do quadro efetivo de funcionários neste prédio da empresa.
O local onde funciona a Central de Atendimento dos Correios é alvo constante de sobrecarga e péssimas condições de trabalho. O contingente de funcionários do setor, que já é bastante deficitário, também está sendo sistematicamente reduzido. A contínua redução do quadro de empregados, que nunca é reposto, impõe uma situação de desgaste cada vez maior entre os trabalhadores deste ambiente. Desta forma, os problemas que afetam a saúde dos funcionários são ainda mais intensificados.
Há informações de que a defasagem de trabalhadores efetivos ultrapassa um terço do quadro necessário para a CAC. Neste setor, os empregados adquirem sérios problemas auditivos, psicológicos e muitos outros. É urgente a abertura de concurso público para reposição dos setores deficitários dos Correios. Nem os trabalhadores da CAC e tampouco dos demais setores podem ficar à mercê dessa criminosa situação.
A conivência do Sindicato
A defasagem de trabalhadores nos Correios tem sido a tônica da direção de uma das maiores empresas do país. A partir de 2016, do golpe de Estado até o governo de Jair Bolsonaro, as mudanças implementadas tiveram sempre o objetivo de sucatear os Correios por completo. Dentro dessa situação, a terceirização se tornou a principal política da direção golpista da empresa. Porém, os sindicalistas pelegos do Sintect-SP, ligada à CTB do PCdoB, como sempre fizeram em relação à luta dos trabalhadores dos Correios, deixaram os ataques às condições de trabalho correrem solto. Fecharam as portas do sindicato na pandemia e assim permanecem até os dias de hoje, um total descaso que permite um agravo ainda maior da situação.
Pelo atendimento das reivindicações
Há uma necessidade premente de organização dos trabalhadores para exigir da direção da empresa, bem como do governo federal, imediata abertura de concursos públicos e pronta admissão. Além disso, melhores condições de trabalho como a redução da carga horária semanal para todos os ecetistas, inclusive dos atendentes da Central de Atendimento dos Correios.
É preciso ainda, incorporar os trabalhadores terceirizados ao quadro de empregados da empresa e concedendo os mesmos benefícios dos efetivos. As reuniões com os trabalhadores, nas proximidades do CTC/Jaguaré, precisam se expandir para as demais unidades da capital, do estado e todo o país.
