Assim como a rebelião dos países atrasados contra o imperialismo mundial cresce, também se acentua a crise interna nesses países. Inclusive os Estados Unidos, o maior dos imperialistas, também enfrentam uma enorme crise social, uma vez que já há algum tempo sua política não serve mais para trazer o mínimo de condições sociais à maioria de sua própria população.
A classe operária norte-americana que há muito tempo estava paralisada, vem mudando esse panorama. Os trabalhadores da indústria automobilística estão levando adiante uma greve simultânea que atinge as maiores montadoras do país. Algo que nunca ocorreu dessa maneira em 88 anos de história do sindicato da categoria, a United Workers Auto (UWA).
Na madrugada da última sexta-feira , dia 15, trabalhadores da General Motors, Ford e Stellantis iniciaram uma greve. Os trabalhadores são responsáveis pela produção de mais da metade dos 15 milhões de veículos vendidos no país.
De acordo com os dados do sindicato, mesmo que as montadoras possam trabalhar com o estoque de veículos prontos, a greve interrompe a produção de 24 mil veículos por semana.
No caso da greve se tornar geral, algo que pode acontecer no caso das negociações não avançarem, o prejuízo será de R$2,4 bilhões para as empresas.
O motivo da paralisação se deu pela reivindicação sindical de maior participação nos lucros e segurança no trabalho. O sindicato pede 40% de aumento na participação, mas a proposta por parte dos patrões foi de 20%, sem incluir os benefícios, que também fazem parte da reivindicação do sindicato. Além da transição justa para a produção de carros elétricos, em proteção de seus empregos e consequentemente condições de vida.
As montadoras não aparentam estar dispostas a ceder às exigências dos trabalhadores: a GM, declarou estar desapontada com a greve, porém disposta a negociar. Já a Stellantis, da qual a Chrysler faz parte, afirmou que tomará medidas de proteção à empresa, a Ford por sua vez, disse que as exigências sindicais, se realizadas, duplicaram seus custos trabalhistas.
Devemos apoiar a classe trabalhadora norte-americana em suas reivindicações, pois sua vitória representa mais um fator de crise na política imperialista. A greve por si só, já é um indício da falência da política criminosa do imperialismo.