As potências imperialistas, capitaneadas pelos Estados Unidos, não conseguem ser solidárias nem nas tragédias. O imperialismo de fato é o maior inimigo dos povos oprimidos.
Em 6 de fevereiro, o violento terremoto de 7,8 graus na escala Richter que atingiu o centro da Turquia e o noroeste da Síria, que já sofre com uma guerra civil de décadas e embargo econômico do imperialismo, ceifou mais de 40 mil vidas(a maioria na Turquia) e quase 100 mil feridos.
Na guerra entre a Ucrânia, um país bucha de canhão dos Estados Unidos, sob governo fascista de Zelensky, contra a Rússia, que é alvo do imperialismo americano para desestabilizar o país, muitos países imperialistas estão mandando reforço para os ucranianos sob pressão dos americanos. O Brasil, sob a presidência de Lula, que politicamente está muito mais à esquerda do que em seus governos anteriores, não caiu nessa articulação criminosa contra a Rússia e o próprio povo ucraniano, que está sendo usado e massacrado em nome dos interesses da burguesia imperialista. A Turquia está sofrendo pressão também, seja para apoiar a Ucrânia e para interromper qualquer apoio à Rússia.
Os países imperialistas envolvidos na guerra estão acusando a Turquia de fornecer a Moscou produtos eletrônicos que seriam usados na defesa russa. O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, negou a acusação.
“Não é verdade que produtos como eletrônicos e assim por diante para serem usados na indústria de defesa sejam exportados para a Rússia por nós”, disse o ministro em uma coletiva de imprensa em Ancara com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
As acusações imperialistas contra a Turquia se dão nesse triste momento de pós-terremoto e devido ao fato de os tucos estarem estabelecendo relações comerciais com Moscou. Turquia não aceita interferências em suas relações e está agindo para consolidar a paz na região, assim como faz o Brasil em sua política internacional, erroneamente interpretada pela esquerda pequeno-burguesa nacional como aliada do império, uma justificativa fajuta para na verdade atacar o governo Lula.
Segundo informações da agência de notícias britânica Reuters, os Estados Unidos estariam alertando a Turquia que ela poderia enfrentar punições se estivesse exportando produtos para a Rússia. Essa é a política imperialista: pressão, sabotagens, embargos econômicos e ataques à autonomia dos povos.
Os Estados Unidos e seus aliados se aproveitam do desastre natural que foi o terremoto na Turquia para chantagear, assim como faz com a Síria, que absurdamente continua embargada e sequer recebeu ajuda dos americanos, muito pelo contrário está sendo bombardeada pelo ventríloquo norte-americano Israel.
A Turquia realizará ainda esse ano eleições presidenciais e seu povo poderá sofrer interferências na escolha, pois o imperialismo trabalhará para que um presidente-capacho ocupe o lugar do atual Erdogan, que mantém uma relação ambígua com o imperialismo, pois sofreu deste um golpe em 2016, mas é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte(OTAN).
O presidente russo, Vladmir Putin, continua liderando a Rússia com popularidade, vencendo a guerra e os embargos, que não se abateu frente a chantagens e diversos ataques militares e econômicos.