Na última sexta-feira(03) os trabalhadores das empresas terceirizadas da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), da Petrobrás, após a rejeição da proposta das empresas decidiram entrar em greve.
Os operários haviam feito uma paralisação nos dias 30 e 31 de janeiro, por não concordarem com a primeira proposta oferecida pelos patrões das empreiteiras Estrutural, Estel, Engevale, Manserv e Darcy Pacheco. A decisão dos operários foi unanimidade pela rejeição, conforme foi anunciado pela federação Única dos Petroleiros (FUP). Em função da intransigência dos patrões, os trabalhadores resolveram, novamente, paralisar suas atividades.
Para o secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Paulo Farias, que participou da assembleia, “a mobilização dos terceirizados da Refap, com organização sindical, mostra que esse é o caminho da luta para conquistar direitos e melhorar a renda e as condições de trabalho”.
Em cada região existe um salário diferente, por exemplo, em Canoas, onde os funcionários recebem 30% menos do que em outras refinarias da Petrobrás para realizar as mesmas funções.
De acordo com artigo do portal da CUT, com os relatos dos terceirizados, as diferenças salariais podem atingir até R $1.500,00 se comparadas com o mesmo trabalho em outras refinarias do país. “Eu estou cansado de ter que ir pra São Paulo ou outros lugares do Brasil para conseguir um bom salário e fazer o mesmo trabalho que faço aqui”, disse um trabalhador.
A insatisfação geral também tem relação com o custo de vida da Região Sul que, segundo os trabalhadores, não condiz com o que é oferecido pelas empresas. “O valor da cesta básica é um absurdo, não se compra nada aqui e o aluguel é fora do comum”, relataram os participantes da mobilização.
Não à terceirização
Existe uma defasagem entre os salários dos trabalhadores efetivos da Petrobrás e das empresas terceirizadas e, na maioria das vezes, ambos exercem as mesmas funções. Desta forma, não existe isonomia entre os trabalhadores, como de trabalho igual, salário igual, entre outras questões e, ainda, a Petrobrás vem diminuindo cada vez mais o quadro de efetivos e trocando por contratados por empresas terceirizadas, portanto é necessário a efetivação de todos os terceirizados junto à Petrobrás.
É preciso, ainda, o apoio de todas as entidades ligadas aos petroleiros, com à CUT à frente, para que a greve seja vitoriosa.