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Carta ao governo

Tem banqueiro preocupado com meio ambiente; e papai Noel existe

Objetivo dos capitalistas é estrangular o desenvolvimento nacional

Foz do Amazonas

Desde que ocorreu o impasse entre o governo Lula e sua ministra do Meio Ambiente (Marina Silva), a qual determinou que o IBAMA negasse à Petrobrás licença para realizar estudos de viabilidade para a exploração de petróleo na Margem Equatorial e na foz do Amazonas, Lula vem sendo constantemente acossado pelo imperialismo e por seus lacaios no Brasil, a fim de que o presidente desista de explorar as reservas nacionais de petróleo, em troca de uma suposta “transição energética”.

Na esteira dessa campanha intimidatória, empresários e membros do Conselhão se uniram para pedir a Lula que estabeleça um prazo para o fim da exploração de petróleo no Brasil.

Em carta enviada para o presidente na última quinta-feira (1º), 59 lacaios do imperialismo exigiram que Lula paute sua decisão a respeito da exploração de petróleo na Foz do Amazonas tendo como norte a transição energética para fontes renováveis e uma economia verde.

Este Diário já mostrou inúmeras vezes que a política ambientalista impulsionada pelos Estados Unidos e países da Europa Ocidental tem como objetivo não a preservação do meio ambiente, mas frear o desenvolvimento industrial e econômico dos países atrasados.

O envio dessa carta a Lula é mais um acontecimento para comprovar isto. Basta saber que dentre os signatários da mesma encontram-se inúmeros banqueiros, empresários, executivos, consultores de finanças, gestores de fundos de investimentos, ambientalistas etc.

Um deles é Neca Setubal, banqueira, herdeira do Itaú. Devemos acreditar que uma magnata do capital financeiro está interessada em proteger o meio ambiente? É claro que não. Um banqueiro é interessado somente no acúmulo de capital por meio da especulação financeira. Cumpre frisar que ela é membro do Conselhão. Em outras palavras, um Cavalo de Tróia que só serve para contrabandear a política imperialista para dentro do governo e afastar Lula das massas.

Outro signatário é Caio Magri, diretor presidente do Instituto Ethos, uma ONG que possui parceiros como a empresa imperialista norueguesa Norsk Hydro. Essa companhia atua primariamente na industrialização do alumínio, atuando em vários países, dentre eles o Brasil. Em 2018, foi forçada a diminuir em 50% a produção de alumínio de fábrica localizada no Pará, por estar causando danos ambientais no norte do País.

Descobriu-se que estava despejando poluentes nos rios locais, poluindo a água com alumínio, nitrato, sulfato e cloro. A empresa também teve atuação no ramo do petróleo até 2007. Neste ano, realizou fusão com outra companhia norueguesa de petróleo, a Statoil. A fusão deu origem à Equinor, que tem forte atuação no Brasil. Além das parcerias escusas com o imperialismo norueguês, o Instituto Ethos também é parceiro da Shell, monopólio Britânico que atua na exploração do petróleo e produção de seus derivados.

Em outras palavras, um empresário brasileiro que possui petroleiras estrangeiras como parceiras conclama o presidente Lula, através de uma carta, a abandonar a exploração do petróleo por meio da Petrobrás, sob a justificativa de preservação ambiental. Ele também faz parte do Conselhão, assim como vários outros agentes do imperialismo.

Vê-se, então, que estamos novamente diante de uma farsa. A carta e seus signatários são mais uma demonstração de que a política ambientalista impulsionada pelos EUA, Europa e seus lacaios é apenas uma máscara para impedir o governo brasileiro de explorar nossas reservas energéticas, deixando-as para o imperialismo.

Ao fazer campanha contra a exploração de petróleo pela Petrobrás, o imperialismo, através de seus agentes “ambientalistas”, busca a todo custo impedir o governo Lula de impulsionar o desenvolvimento econômico do Brasil e promover uma reindustrialização do País. Em suma, desejam impedir o presidente de realizar seu programa nacionalista de governo.

Sob o pretexto de preservar o meio ambiente, os ambientalistas impedem o governo de explorar o petróleo; expandir a malha ferroviária (Ferrogrão); e, até mesmo, de construir hidrelétricas. É claramente uma política contra o desenvolvimento nacional.

Essa intimidação imperialista sobre Lula vem se acentuando à medida que o presidente aprofunda sua política nacionalista no terreno internacional. Lula busca tornar o Brasil cada vez menos independente do imperialismo, aprofundando suas alianças com os demais países oprimidos, em especial China e Rússia. A fim de barrar a política nacionalista de Lula, os países imperialistas buscam desestabilizar seu governo no cenário interno. É nesse cenário que se dá a recente ofensiva ambientalista desatada contra o presidente.

Conforme já dito, o imperialismo utiliza a desculpa da preservação ambiental para impedir a exploração do petróleo nacional e, por conseguinte, o desenvolvimento econômico do País. Sem esse desenvolvimento, não é possível tirar a população brasileira da miséria. Governar para os trabalhadores, melhorando a vida do povo, é justamente esse o motivo pelo qual Lula foi eleito. Ao ser impedido de fazer isto, o presidente tende a perder seu apoio, ficando mais fácil ao imperialismo tirá-lo de cena, colocando no lugar um chefe de Estado que promova uma política neoliberal puro-sangue, entregando as riquezas nacionais para os monopólios imperialistas, fazendo o povo brasileiro de escravo.

Assim, é fundamental que Lula trave uma luta contra todos os Cavalos de Tróia que estão infiltrados no governo, a começar por dissolver o Conselhão. Deve também se livrar de Marina Silva e de todos aqueles que constituem correia de transmissão da política ambientalista do imperialismo para dentro do governo.

Ao travar essa luta, o governo deve não apenas realizar a exploração, mas também estatizar a Petrobrás, nacionalizando o petróleo. Para isto, deverá se ancorar na classe operária e na mobilização das massas. Apenas assim conseguirá aplicar, por completo, seu programa nacionalista de governo.

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