O Instituto de Economia Laboral realizou um estudo analisando os efeitos da decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que anulou o caso Roe versus Wade.
Segundo o instituto, desde que foi proferia em junho de 2022, acabando com o precedente jurídico que permitia a legalização do aborto em todo o país por 50 anos, mais de 30 mil mulheres não puderam ter acesso ao procedimento.
“Nossa análise principal indica que nos primeiros seis meses de 2023, os nascimentos aumentaram em um avanço de 2,3% nos estados que aplicaram proibições totais de aborto em comparação com um grupo de controle de estados onde o direito de aborto seguia protegido, o que representa aproximadamente 32 mil nascimentos anuais adicionais como resultado de proibições de aborto”, diz o estudo.
A pesquisa, todavia, não leva em consideração quantos desses 32 mil nascimentos foram interrompidos de maneira clandestina, colocando a vida da mulher em risco. Os dados, nesse sentido, mostram quão reacionária foi a decisão da Corte norte-americana, um ataque aos direitos das mulheres dos Estados Unidos.