Nesta quinta-feira (27), a Comissão Europeia abriu uma investigação contra a Microsoft para determinar se a gigante norte-americana viola as regras de livre concorrência da União Europeia (UE) ao incluir seu aplicativo de videoconferência Teams em seu pacote Microsoft Office 365.
A Comissão Europeia diz temer que a empresa “abuse da sua posição no mercado de programas de computador” para privilegiar o seu serviço de mensagens e videoconferência em detrimento dos seus concorrentes.
“As comunicações remotas e as ferramentas de colaboração, como o Teams, tornaram-se indispensáveis para muitas empresas na Europa”, disse a comissária europeia da Concorrência, Magrethe Vestager. “Devemos então garantir que os mercados para esses produtos permaneçam competitivos e as empresas livres para escolher o produto que melhor atenda às suas necessidades”, acrescentou. A gigante de tecnologia Microsoft é conhecida mundialmente pelos seus sistemas operacionais e softwares.
No dia 18 deste mês, a Microsoft anunciou uma parceria com a Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, para lançar uma nova versão do modelo de linguagem de inteligência artificial da controladora do Google.
O modelo da Meta, que se chamará Llama 2, será gratuito e estará disponível para desenvolvedores de software na plataforma Azure, da Microsoft. O anúncio foi dado em um comunicado conjunto.
É importante dizer que União Europeia não está interessada em nenhuma defesa de nenhum livre mercado. O livre mercado capitalista já não existe desde o começo do século XX, quando o capital industrial se fundiu com o capital bancário, dando origem ao capital financeiro, e consolidando os monopólios capitalistas a nível global, monopólios estes que precisaram de um novo tipo de Estado para defender seus interesses de classe: o Estado Imperialista.
O interesse da União Europeia, capitaneada pelo imperialismo europeu, é, portanto, impedir que o monopólio norte-americano provoque a ruína de seus próprios monopólios.