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Reflexo de uma opressão brutal

Situação de miséria eleva ainda mais os suicídios de índios no MS

No MS e em todo o País, os índios estão esquecidos e os suicídios confirmam a falta de perspectivas diante dos ataques que sofrem rotineiramente

Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Universidade de Harvard revelou que aumentou o suicídio entre jovens indígenas das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, principalmente em estados como Amazonas e Mato Grosso do Sul.

“Em homens de regiões como o Centro-Oeste e o Norte, essas taxas chegaram a alcançar 73,75 e 52,05 por 100 mil habitantes, em 2018 e 2017, respectivamente”, destacou um dos coautores do estudo, o epidemiologista Jesem Orellana.

Uma onda de suicídios como a observada entre os povos indígenas é sempre a expressão de um grave problema social. No caso dos índios, de Norte a Sul do País, o problema é evidente: as condições em que vivem são de uma miséria absoluta e a opressão que sofrem é cada vez mais brutal. Acuados pelo latifúndio e por seus jagunços, os índios não têm nenhuma perspectiva de vida: habitam terras inférteis, onde até mesmo a água é escassa, são perseguidos como animais e não possuem nenhuma ajuda do Estado para enfrentar as adversidades. Segundo relatos, os casos de usuários de drogas nas aldeias indígenas têm crescido no último período, o que é mais uma demonstração da falta de perspectiva dos índios em um país como o Brasil.

A ‘Situação de miséria eleva ainda mais os suicídios de índios no MS’. Os índios do MS estão esquecidos e os suicídios confirmam isso porque não tem nenhuma oportunidade ou vislumbre melhoria das condições de vida. Isso é culpa dos latifundiários e do judiciário. As ONGs se esquecem dos índios fora da Amazônia e que os guaranis estão em piores condições que os ianomâmis e essas ONGs estão caladas, incluindo os índios ligados a esses grupos e a APIB financiada pelas ONGs.

Essa é a verdadeira situação do índio brasileiro. Uma situação que exige uma reação muito enérgica: a organização de todos os explorados do campo para a autodefesa. Para barrar o avanço da extrema-direita, é preciso enfrentar a direita por todos os meios necessários. Neste sentido, para que a luta do sem terra e do indígena se desenvolva, é fundamental o direito ao armamento. Ao mesmo tempo, é preciso preparar uma verdadeira revolução no campo, que seria a reforma agrária com a expropriação do latifúndio.

Essa luta concreta, que responde a problemas concretos do índio, vem sendo completamente ignorada pela esquerda pequeno-burguesa. De tão integrada ao regime, mostra-se incapaz de levantar uma palavra de ordem que seja em defesa daqueles que estão sendo massacrados.

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