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Falsificação histórica

Seleção Brasileira é o maior time do mundo

Derrotas da Canarinho servem de pretexto para abutres atacarem o futebol brasileiro. O Real Madrid para chegar perto da Seleção, primeiro, teria que ser maior que o Botafogo

Os abutres da imprensa burguesa, inimigos históricos da Seleção Brasileira e do futebol nacional, aproveitaram a vergonhosa derrota da Seleção para Senegal na última terça-feira (20) para impulsionar a campanha contra o futebol brasileiro. A colunista Milly Lacombe, do Uol, destacou que o resultado mostrou ao mundo “o que a seleção representa hoje”.

“Time que não atrai, time que avisa que com racismo não tem jogo, mas joga com racismo mesmo assim, time sem conteúdo tático, sem um esquema em campo e que vai aos trancos e barrancos tentando um gol enquanto toma muitos”, comentou Lacombe. Como não poderia deixar de ser, com doses idiotas de identitarismo.

“Para piorar, a camisa amarela está associada aos piores valores humanos faz pelo menos seis anos. Quando decidem jogar com a belíssima camisa preta, em uma manifestação contra o racismo, fazem por meio tempo. Quem pensa nessas ações pela metade?”, continua, destacando pontos que nada tem a ver com a derrota para Senegal.

O mais importante vem depois.

“A seleção brasileira foi acumulando ao longo dos anos bastante capital simbólico. Chegou a ser a mais temida, chegou a ser aquela cujo futebol era imitado, chegou a empilhar craques e a fazer gols históricos. Tudo isso ficou para trás. Hoje sequer temos treinador e a CBF, ao decidir implorar por Ancelotti, dá o real contorno de quem somos: um time que, na melhor das hipóteses, vale tanto quanto o Real Madrid”.

“A CBF parece perdida. Quer surfar a onda das pautas identitárias mas não sabe como fazer para além do slogan. Não apresenta planejamento para o período em que se sujeitou a esperar por Ancelotti. Não fala em como chegaremos até lá, não diz como pretende fazer a renovação, não faz nada que seja transparente. Guiada pelo marketing, em campo some. Para quem ainda curte esse time, o futuro não parece promissor”, conclui.

Primeiro, e acima de tudo, a atual campanha contra a Seleção nada tem a ver com tática. Para Milly, não importa se a Seleção é um “time sem conteúdo tático, sem um esquema em campo e que vai aos trancos e barrancos tentando um gol enquanto toma muitos”. Isso é secundário. O importante, de fato, é atacar o futebol brasileiro. As fracas atuações da Canarinho são apenas um pretexto. Tanto é assim que até em exibições extraordinárias do escrete comandado por Tite, a imprensa ainda assim atacava a Seleção, procurando diminuir a importância das vitórias. 

Segundo, as afirmações sobre o suposto atual tamanho da Amarelinha no mundo não passam de balelas. Na realidade, ao apontar que o time nacional, “na melhor das hipóteses, vale tanto quanto o Real Madrid”, Milly não está sendo nada original. Na verdade, trata-se de uma campanha orquestrada para subvalorizar o futebol nacional. No mesmo dia, no mesmo jornal, o colunista Menon afirmou que “hoje, depois de tantos erros, a seleção brasileira é uma instituição menor que o Real Madrid”.

É mera campanha, não passa disso. Na verdade, o setor de esportes do Uol — com figuras como Lacombe, Menon, Casagrande e Juca Kfouri — de nada serve além de ser um meio para divulgar seus interesses escusos contra o futebol brasileiro.

No entanto, para aquele que está sendo influenciado pela campanha venal da imprensa, é preciso dizer o óbvio: o futebol brasileiro é o melhor do mundo e a Amarelinha da Seleção é a camisa mais pesada e mais importante do futebol mundial. 

Menon até questionou: “vocês acham que um treinador qualquer aceitaria trocar o Real Madrid pelo Brasil apenas porque já tivemos Pelé e Garrincha?”

Mas Garrincha e Pelé, que já seriam motivos suficientes para considerar a Seleção a maior equipe do mundo, não são tudo. Primeiro, o Brasil é o único pentacampeão mundial. Segundo, o país revela os melhores jogadores do mundo. Não foram apenas Pelé e Garrincha, foram também Leônidas da Silva, Nilton Santos, Didi, Gerson, Neymar, Zagallo, Ronaldo, Romário, Amarildo, Coutinho, Edu, Ademir da Guia, Ronaldinho, Zico, Roberto Carlos, Domingos da Guia, Jair da Rosa Pinto, Zizinho, Ademir de Menezes, Friedenreich, Feitiço, Jairzinho, Tostão, Paulo Cesar Caju, Carlos Alberto Torres, Cafu, Kaká, Raí, Careca, Sócrates, Palhinha, Clodoaldo, Pepe, e assim segue uma lista extensa.

Na verdade, apenas com brasileiros, poderia se fazer uma lista de 100 jogadores melhores que Cristiano Ronaldo… No entanto, são tantos que fica até difícil nomeá-los todos. 

Isso, sem falar na capacidade que o Brasil tem de revelar jovens craques todos os anos, sempre se renovando com atletas da mais alta qualidade. Os craques da Seleção, nesse sentido, são produto do desenvolvimento do futebol nacional. No Real Madrid, os bons atletas lá estão apenas por causa do poder financeiro imperialista. Acaba o dinheiro, acaba o Real.

Terceiro, o Brasil é o único país que pode montar seleções A, B, C e D e todas elas chegarem favoritas para ganhar a Copa do Mundo. Portanto, não é fácil ser convocado para a Seleção. Apenas os melhores jogadores vão e muito dos melhores também ficam de fora, infelizmente. 

Quarto, a Seleção ainda impõe medo, sim. Do contrário, a maioria dos times não jogaria totalmente fechado contra o Brasil; com jogadores entocados em uma muralha da China com medo de levar gols, na retranca absoluta — como sempre ocorre.

Quinto, os jogadores da Seleção Brasileira são os principais jogadores em qualquer time que jogam no Brasil e no mundo. Claro, pode-se alegar que alguns jogadores, como Richarlison, estão em má fase e outras coisas do tipo. Poder-se-ia, de fato, dar oportunidade a outros jogadores em melhores fases. Mas fase é fase, e Richarlison não é um perna-de-pau, caso contrário não teria feito um golaço como fez na Copa do Catar — o gol mais bonito de 2022. Ou seja, mesmo os que estão mal são craquaços de bola.

Portanto, a Seleção Brasileira é, sim, o melhor time do mundo. 

O Real Madrid para chegar perto da Canarinho, primeiro, teria que ser maior que o Botafogo, o Santos, o Grêmio, o Flamengo, o Palmeiras e outros times brasileiros — que, mesmo sem o investimento do Real, em sua história, tiveram jogadores muito mais importantes para o desenvolvimento do futebol mundial.

Os outros argumentos de Milly de caráter identitário nada tem a ver com futebol e, por isso, nem merecem ser comentados. São apenas mais argumentos para convencer os bitolados de classe média de que a Seleção Brasileira é algo ruim…

O desastre dos últimos jogos da Seleção, resultado direto da avacalhação realizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), servem apenas como pretexto para a imprensa continuar seus ataques ao futebol nacional.

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