Em mais uma sanha direitista, os banqueiros imperialistas espanhóis do Santander determinam o prolongamento do funcionamento de suas agências em todo o País.
Conforme denúncia feita pela Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec/CN), os banqueiros do Santander “encaminharam um comunicado institucional aos seus funcionários, no último dia 03 de fevereiro, informando que as agências funcionarão em horário estendido, das 9h às 18h, de 6 a 10 de fevereiro para atender, exclusivamente os clientes que queiram negociar dívidas”. (site Fetec/CN 03/02/2023)
Essa medida dos banqueiros, não é novidade em se tratando de estabelecer, indiscriminadamente, medidas contra os direitos dos trabalhadores e da população em geral, passando por cima, inclusive, das normas do Banco Central que estabelece o horário de funcionamento dos bancos para o público.
A medida é um brutal ataque aos trabalhadores bancários e aos seus direitos, conquistados através de uma gigantesca luta da categoria bancária pela carga horária de 30 horas semanais.
Além disso, o banco impõe essa medida com um quadro funcional reduzidíssimo, depois que houve milhares de demissões de trabalhadores feitas, inclusive, em plena pandemia, na qual o banco passou por cima do acordo com as entidades dos trabalhadores em não demitir enquanto durasse a pandemia.
Agora, com a ampliação do horário de atendimento nas agências, os bancários, que já vêm sofrendo com a sobrecarga de trabalho devido à falta de pessoal, terão que arcar com mais essa bucha imposta pelos banqueiros parasitas.
Querem impor ao trabalhador horas além da sua carga horária, sem que para isso sejam remunerados. Ou seja, serão compensados com os tais bancos de horas que, na maioria das vezes, o bancário não consegue tirar a sua folga, já que os banqueiros impõem uma série de restrições e prazo definido para a sua utilização. Então, o funcionário fica à mercê das arbitrariedades dos chefetes de plantão.
O Banco Santander vem sistematicamente aumentando a ofensiva reacionária aos trabalhadores bancários: abertura das agências nos finais de semana; antecipação da abertura do horário bancário em plena pandemia para “atender” os preferenciais; terceirização de setores inteiros do banco; o não pagamento de horas extras; a escravização de seus funcionários com o aumento da carga horária de trabalho etc.
A ampliação do horário de atendimento é mais uma investida dos banqueiros, um profundo ataque aos bancários que visa extinguir um direito histórico da categoria.