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Genocidas e inimigos dos livro

Sair às ruas por fora Feder e Tarcísio

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O sindicato dos professores estaduais paulista (APEOESP) convocou para esta quarta-feira (16) um ato em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), na Praça da República, na Capital, para protestar contra verdadeiros crimes contra estudantes e professores que o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) vem cometendo.

O governo genocida, que apoiou o massacre da PM contra a população indefesa do Guarujá, está intensificando o processo de ataques contra o ensino público e atacando professores e estudantes. Dentre as últimas medidas, está o anúncio de que governo paulista renunciou a um total de R$ 120 milhões ao decidir não aderir ao Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD). Até 2027 não haverá livros no ensino público paulista. Apenas telas. Isso vale para os anos finais do ensino fundamental 2 (6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio. Serão quase  1,5 milhão de adolescentes do ensino público de SP, a partir de 12 anos, que deixarão de receber livros impressos. Cada aluno vai deixa de receber cerca de 7 livros por ano, que seriam pagos pelo governo federal. Supostamente, os livros impressos seriam substituídos por material digital, segundo promete o governo, que não tem qualquer credibilidade.

O pretexto para esta iniciativa é a modernização da carcomida educação paulista. Mas isto nem de longe corresponde à realidade. Ficou evidente nos últimos dias que o objetivo real é favorecer a empresa do próprio secretário de Educação, Renato Feder, a Multilaser, em milionários contratos com o governo para fornecimento de equipamentos digitais. Em apenas uma semana, as ações da Multilaser tiveram uma valorização de mais de 10% na Bolsa de Valores, o que representou um ganho adicional de quase R$300 milhões; além dos ganhos com contratos de quase R$500 milhões que a empresa firmou com o Estado, 60% deles com a própria Secretária da Educação, que vai pagar e “fiscalizar” o contrato com a empresa que teve o secretário como presidente e da qual ele é sócio.

A medida vem acompanhada de um intenso assédio em toda a rede de ensino a favor do uso de materiais digitais pelos professores, da violação da liberdade de cátedra dos docentes e da desconsideração da realidade dos alunos.

Também nos últimos dias, o governo estadual foi acusado de invadir os celulares de milhares de professores e alunos para instalar, sem autorização prévia, aplicativos de interesse da SEDUC, ou dos mercadores que tomaram conta dela.

Contra esta política, é preciso levantar uma grande mobilização nas escolas e o ato de hoje pode ser um ponto de partida. É necessário aprovar uma ampla campanha, convocar toda a comunidade escolar, os sindicatos, as entidades estudantis, associações populares etc.

A iniciativa da APEOESP deve ser impulsionada no sentido de uma mobilização nas ruas contra a política do governo bolsonarista que segue os passos dos governos tucanos na política de ataque ao ensino público. Junto com as reivindicações mais sentidas do professorado, o tema precisa ser o centro do Congresso da APEOESP, a ser realizado de 1 a 3 de setembro próximos e, desde já, é preciso convocar uma ampla plenária estadual de luta para organizar uma mobilização nas ruas contra as medidas do governo e em defesa das reivindicações dos estudantes, dos professores, funcionários e de toda a comunidade escolar, incluindo a luta por Fora Feder e Tarcísio, inimigos da Educação e da população.

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