Na fala inicial da Conferência Estadual, Rui Pimenta assinalou: “temos duas perspectivas divergentes: acreditar que é possível manipular as contradições de dentro do regime político ou a mobilização popular”.
O primeiro é um erro que já se mostrou desastroso no passado recente. Infelizmente, há todo um setor imerso nessa política, voltado para PT para a mobilização dentro do aparato do Estado. Se o Congresso não aceita, usa o STF. Se o STF não aceita, procura a imprensa. Obviamente, não irá funcionar.
A posição do presidente Lula, quando chama o presidente venezuelano Nicolás Maduro para o Brasil, é uma posição combativa deste ponto de vista, mas do ponto de vista da mobilização, é insuficiente. É necessário convocar as massas para intervir.
Além disso Rui destacou que o embate político está se desenvolvimento rapidamente e que “mais cedo ou mais tarde a situação vai evoluir para um confronto”. Rui afirmou:
“Mais cedo ou mais tarde a situação vai evoluir para um confronto. O governo do PT vai se colocar na seguinte encruzilhada: ou bate de frente com a burguesia, ou abaixa a cabeça e vai ser um governo condenável, porque vai ser abandonado pelos trabalhadores se fizer isso daí. Não é uma perspectiva para o futuro longínquo; A eleição foi muito dividida. O bolsonarismo teve quase metade do eleitorado, o país está dividido, o que aumenta exponencialmente o problema do governo Lula. Sem essa divisão, a burguesia conseguiu derrotar com relativa dificuldade o governo de Dilma Rousseff. Eles tiveram de improvisar um movimento para poder dar uma aparência de legitimidade popular para um movimento golpista de 2016. Agora não, o negócio está aí, está pronto”.
Conforme colocado, é necessário em contrapartida levar a frente uma verdadeira mobilização popular em tornos das reivindicações dos trabalhadores e que sirva de base para Lula avançar contra a direita golpista e o imperialismo no País.