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Análise Internacional

Rui Pimenta e Robinson Farinazzo discutem Ucrânia e Palestina

Programa aconteceu nesta segunda-feira, ao meio-dia

“A própria CNN, que é uma porta-voz dos interesses americanos, já admitiu que a ofensiva ucraniana falhou”, destacou o Comandante Robinson Farinazzo, do canal Arte da Guerra, no começo do programa Análise Internacional, transmitido toda segunda-feira às 12 horas, no canal do Diário Causa Operária, em conjunto com o companheiro Rui Costa Pimenta.

De acordo com o Comandante, “Zelensky está sendo empurrado pelas potências hegemônicas, da Europa e dos EUA, a aceitar uma proposta de paz com a Rússia”. Na sua concepção, o presidente do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, está sendo pressionado pelo imperialismo para fazer eleições, apesar de já ter assinado um decreto informando que não haverá – ao contrário da Rússia, que terá eleições em breve. No entanto, quando ocorrer essas eleições ucranianas, na opinião do Comandante, “Zelensky deverá perder as eleições seja para quem for”. “A crise, na minha opinião, caminha para um desenlace, pois não se trata daquela conversa de meses atrás, onde o ônibus para passar por cima do Zelensky estava saindo da garagem. Agora, o ônibus já saiu, passou por cima, deu ré e está passando por cima uma vez mais.”

Em sua fala, o companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do PCO, concordou com a análise do Comandante, ressaltando que o Partido da Causa Operária recebe com bons olhos a notícia, pois desde o princípio o Partido se posicionou ao lado da operação militar russa. Enquanto o Comandante destacou, em sua fala, que a situação atual é mais grave do que foi no Vietnã, Rui respondeu que se for assim mesmo, “o impacto será muito superior”, completando que “nós vamos ver aqui uma subversão da política e da ordem estabelecida muito grande no mundo inteiro.”

Sobre a política norte-americana, por sua vez, os participantes destacaram a crise pela qual passa o imperialismo, afirmando que no ponto que chegou, a crise não tende a encontrar uma solução. Rui destacou que da parte do eleitorado do ex-presidente Donald Trump, que está em primeiro nas pesquisas, há uma noção de que o imperialismo norte americano deveria recolher suas forças internacionais, reduzir a um mínimo aceitável para permanecer com a sua influência e parar de gastar dinheiro fora, porque o orçamento norte-americano não mais comporta os altos níveis de investimento que tão tendo ao longo do mundo para oprimirem diversos países em diversos continentes. A grande questão, como destacou o companheiro Rui, é que a corda está sendo esticada a um tal ponto que não se sustenta mais e, para seguir dessa forma, seria necessário estrangular a economia norte-americana – algo que os agentes de tal economia não aceitarão.

Indo para o conflito no Oriente Médio, a discussão iniciou pela fala de um comandante do Hamas: “não chorem por nós, pois nós estamos vivos e vocês estão mortos“. De acordo com Rui Pimenta, é uma declaração muito contundente, “primeiro porque é verdade”. O problema que está colocado de um ponto de vista geral não é chorar a situação da Palestina, pois isso não possui impacto algum na realidade. “Nós vemos aqui no Brasil que o pessoal chega a falar ‘nossa, que horror” e tudo mais, mas falam que o Hamas fez isso e fez aquilo, é assim e é assado”. Ou seja, não há um apoio à luta palestina de fato, que é o que mais importa. Como destacou o presidente nacional do PCO, “os países árabes ficam nessa choradeira, dizendo ‘ai que horror, não pode”, mas não fazem nada”, ressaltando que a declaração do Hamas serve para os países árabes em primeiro lugar, mas depois para o mundo todo. “Quem luta está vivo e quem não luta está morto. Eu sou partidário de uma maneira completa e integral desta declaração.”

Do outro lado da tela, o Comandante Farinazzo concordou com a alegação, afirmando que “nesse ponto, ele está certo”. “”Isso me deprime, isso mexe com a minha saúde, com o sono, com o relacionamento… Vou ser sincero para vocês: como civilização, nós chegamos no fundo do poço. Nós que estamos mortos. Nossos valores, nossa noção de certo e errado”, desabafou, concluindo afirmando querer “crer que quando a gente chega no fundo do poço, a gente precisa subir e que a barreira do fundo não vá ruir”. Em sua fala, destacou novamente o tamanho do genocídio cometido pelas forças de ocupação sionistas e que para não considerar o que está acontecendo como genocídio, seria preciso alterar o significado da palavra no dicionário.

Dando prosseguimento ao assunto, o Rui Costa Pimenta enfatizou que o objetivo dos israelenses com essas incursões é esvaziar a Faixa de Gaza, matando uma parte da população pois se o local ficar deserto, facilitará a ocupação militar. Em sua fala, reiterou que o que temos visto no Oriente Médio é digno do que faziam as forças armadas da Alemanha nazista, se não for ainda pior. O que tem sido visto é o fascismo na prática, agindo como o fascismo por definição age: um braço armado do imperialismo, agindo com vil brutalidade e cometendo inúmeros crimes sem punição. De forma acertada, o presidente do PCO expressou que se o TPI não colocar Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, no banco dos réus, o Brasil deveria sair desse Tribunal, que de nada serve se não para chancelar o esmagamento de países que se envolverem com a ira dos Estados Unidos.

O programa ocorre toda segunda-feira, às 12 horas, no canal do Diário Causa Operária.

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