Nesse sábado (01), foi ao ar mais uma Análise Política da Semana com tema “Quem ganha com a condenação de Bolsonaro?”. O programa apresentado por Rui Costa Pimenta, Presidente Nacional do Partido da Causa Operária, é transmitido através do YouTube na Causa Operária TV (COTV) todos os sábados às 13 horas.
Nesta exposição, o presidente do PCO tratou da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aconteceu em virtude de uma reunião com a presença de embaixadores de diversos países sobre a vulnerabilidade das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Os crimes apontados são “ataque às instituições democráticas”, “abuso do poder econômico” e “utilização indevida dos meios de comunicação”.
Pimenta explica que o julgamento já seria irregular por acontecer posteriormente ao processo eleitoral, uma vez que a função do TSE é justamente proteger o mesmo. Para o presidente do PCO, a criminalização de críticas ao funcionamento político significa que o país já se encontra sob um regime totalitário. Segundo Rui, o papel do Judiciário é verificar se uma determinada lei foi infringida e não realizar julgamento político, caracterizando um poder ditatorial.
O presidente do PCO esclarece que a justificativa do ministro Alexandre de Moraes, sobre o julgamento não se tratar de uma novidade sob alegação de Bolsonaro ter sido advertido, não passa de arbitrariedade e que essa é a arma da minoria que manipula a situação. Esse seria o truque do vilão para passar uma legislação que finalmente se voltará contra os interesses populares como aconteceu com a “Lei da Ficha Limpa”.
Apesar da euforia da esquerda, Pimenta argumenta que o único objetivo do Poder Judiciário é a exclusão definitiva de Bolsonaro da política para ressuscitar o “centro político”, ou seja, a direita golpista como PSDB. Rui aponta que esse fato foi atestado pela reação da imprensa burguesa que é inimiga das organizações populares.
Ainda sobre a política nacional, o presidente do PCO denunciou o segundo ato que partidos da esquerda pequeno-burguesa, PSTU e PCB, estão organizando contra o “arcabouço fiscal de Lula”. Rui aclarou que a medida econômica não resolve o problema, mas se trata de uma forma de aumentar os gastos do governo congelados pelo “PEC do Teto”. Ao acusar o presidente Lula de cometer estelionato eleitoral, esses setores estariam assumindo uma posição golpista como fez o movimento “Não vai ter Copa”. Segundo Pimenta, a palavra de ordem encoberta é “Fora Lula”.
Sobre a política internacional, foi destacado a participação do PCO como convidado na reunião do Foro de São Paulo em Brasília. Este encontro de partidos da América Latina se iniciou na década de 1990 e que tem como principais destaques o Partido dos Trabalhadores, o Partido Socialista Unificado da Venezuela e o Partido Comunista Cubano. A importância deste evento neste momento é a oposição ao imperialismo que se coloca para além do eixo regional.
O programa tratou também o problema do grupo Wagner na Rússia, Pimenta esclareceu que Prigozhin ultrapassou os limites estabelecidos pelo governo Putin para as forças privadas dirigidas pelas oligarquias. Essa suposta insurgência foi contida prontamente e não representou risco algum para a burocracia ligada às Forças Armadas que controla o Estado. Dessa forma, o país não teria se enfraquecido diante da Guerra na Ucrânia como o imperialismo busca explorar.
Outro tema debatido, foram as mobilizações na França que explodiram após a morte de um jovem menor de idade pela Polícia da França. O presidente do PCO explicou que isso é parte da situação de crise que vive o país relembrando que as manifestações se intensificaram com os “coletes amarelos”. Pimenta aponta que o imperialismo vem sofrendo diversas derrotas e que a radicalização é uma tendência que também se expressa em outros países do bloco imperialista.
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