Neste sábado (30) foi ao ar no canal da Causa Operária TV mais uma Análise Política da Semana apresentada pelo companheiro Rui Costa Pimenta, presidente do PCO. Em cerca de três horas, o companheiro tratou de quatro temas principais: a importância da luta pela liberdade de expressão, os golpes fascistas promovidos pelo imperialismo “democrático” no pós-guerra (por ocasião dos setenta anos do golpe no Irã promovido pelos americanos e ingleses contra o governo nacionalista Mohammed Mossadegh), o STF (em particular, a aposentadoria de Rosa Weber e a ascensão de Luís “Lava Jato” Barroso à presidência do tribunal) e, finalmente, o identitarismo, tendo em vista o episódio envolvendo a, agora, ex-assessora da Ministra da Igualdade Racial.
Primeiramente, como colocou o companheiro Rui, “a liberdade de expressão é a pedra angular das demais liberdades”, afinal de que serve a liberdade de associação se não se pode falar? No último período vimos uma intensa campanha, encabeçada pelo STF, com o intuito de transformação de expressão num privilégio concedido aos poucos escolhidos. Um partido operário certamente não se encontra nesse restrito grupo: para além dos três processos que correm no momento contra o Partido, estamos em meio a uma campanha financeira para pagar os empréstimos feitos devido à causa perdida contra o ex-governador do Estado, João Doria, tudo por conta de uma peça de ficção de um colunista que publicou neste Diário uma crônica em que este era linchado pela população paulista. O mais terrível foi a tentativa do ex-governador de tomar a casa de um ex-operário metalúrgico, hoje operário gráfico, que era ligado a este Diário em tempos passados. O fato é que hoje é preciso ter muito cuidado com o que se publica.
Para os companheiros que puderem contribuir: pode-se fazê-lo pelo pix, por meio da chave pix@dco.org.br, ou por meio da vakinha.
Pouco mais de dez anos atrás vivemos uma intensa onda golpista que derrubou a maioria dos governos nacionalistas latino-americanos, resultado de uma intensa crise política no final do milênio passado devido à muito destrutiva política neoliberal. Em “comemoração” dos setenta anos do golpe que instaurou um dos mais criminosos regimes políticos de todos os tempos no Irã, e que só seria derrotado vinte e seis anos depois, com a revolução de 1979, o companheiro Rui contou um pouco da história que sucedeu à vitória do imperialismo “democrático” sobre o imperialismo “nazifascista”, e demonstrou a falsa dicotomia “democracia vs fascismo” que hoje domina o imaginário da esquerda. O fato é que nos encontramos em um momento parecido, e se o golpe de 2016 não foi profundamente violento como os golpes latino-americanos de cinquenta anos atrás, não é por uma mudança na política do imperialismo, que já retornou à política dos golpes de estado.
Na corte dos reis brasileiros, vimos duas mudanças esta semana. A aposentadoria da arbitrária Rosa Weber, uma mulher que procurou em seus últimos momentos no tribunal convencer os incautos de que se tratava de uma democrata preocupada com os direitos das mulheres; infelizmente, mas não surpreendentemente se levarmos em conta a atuação política recente de um amplo setor da esquerda, vimos diversas figuras, petistas inclusive, caírem no conto do vigário. A outra mudança foi a grande celebração que marcou a ascensão do mais lavajatista dos ministros, Luís Roberto Barroso, à presidência do tribunal. O fato é que Barroso terá como missão ressuscitar a terceira via, seja como for; este também deverá restaurar algum semblante de normalidade ao regime político em meio à crise com o Congresso e o Senado.
Finalmente, o companheiro Rui aproveitando da gafe cometida pela ex-assessora da ministra Anielle Franco para demonstrar o caráter direitista e antipovo da política identitária. Convidamos todos os leitores a assistirem ao programa na íntegra.
O que é o identitarismo? – Análise Política da Semana, com Rui Costa Pimenta – 30/9/23 – YouTube
