O deputado Rogério Correia (PT-MG) confirmou a convocação do empresário Tony Garcia, que delatou Sérgio Moro em entrevista à TV 247. Garcia diz ter sido usado como agente infiltrado de Moro para perseguir inimigos e adversário políticos durante a operação Lava Jato.
Correia escreveu em sua conta no Twitter:
“Amanhã apresento requerimento para ouvir na Câmara Tony Garcia, que em entrevista para TV 247 e CNN, revelou que Moro agiu para tirar juiz Appio da Lava Jato, após remeter para o STF a denúncia de que o atual senador usava de grampos ilegais e tortura.”
Algumas denúncias feitas por Tony Garcia à juíza Gabriela Hardt foram engavetadas. E Moro tem agido para interferir conseguindo afastar novo juiz, Eduardo Appio, das investigações.
Rogério Correia é um político mineiro filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ele nasceu em Belo Horizonte em 1959 e começou sua trajetória política como vereador na capital mineira. Em seguida, foi eleito deputado estadual e, desde 2011, é deputado federal.
Sérgio Moro, por sua vez, é um senador brasileiro que se tornou conhecido nacionalmente como o juiz federal responsável pela operação Lava Jato, a qual foi arquitetada e comandada pelo Departamento de Estado dos EUA. À frente da operação, e à serviço do imperialismo, Moro desatou uma operação de perseguição política contra Dilma, Lula, o PT e a indústria nacional, perseguição esta que eventualmente resultou no golpe de 2016, no aprofundamento da desindustrialização do Brasil e na prisão do presidente, impedindo-o de concorrer nas eleições de 2018. Com a resistência contra o golpe, a Lava Jato ficou desmoralizada, e Moro teve suas decisões contra Lula anuladas. Lula, por sua vez, foi reeleito em 2022 para um terceiro mandato. Apesar disto, a ditadura do judiciário continua a se aprofundar.
É uma realidade que precisa ser enfrentada e superada. O poder excessivo do judiciário tem se mostrado uma ameaça ao permitir que decisões importantes para o País e para o povo sejam tomadas por poucos indivíduos, muitas vezes com interesses próprios e alheios aos interesses coletivos. É necessário uma reforma do judiciário que democratize a sua estrutura, com a criação de novos mecanismos de controle e participação popular, para que a justiça possa de fato ser acessível e representativa.