A categoria dos rodoviários da Capital Federal, em assembleia realizada no último dia 29 de outubro, aprovaram paralisação por tempo indeterminado a partir do dia 06 de novembro “caso as negociações da campanha salarial com as empresas de transporte não avancem. A categoria reivindica a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho – vencido desde 1º de agosto – reposição salarial e ganho acima da inflação. Segundo o Sinttrater, sindicato que representa os trabalhadores, até o momento, as empresas não apresentaram nenhuma proposta. O Sindicato aponta que a proposta de reajuste salarial da categoria deveria ter sido apresentada até agosto, mas as empresas alegam que sem o aporte do governo do Distrito Federal (GDF) não podem propor nenhuma molharia salarial”. (Site CUT DF 31/10/2023)
A greve dos rodoviários de Brasília é uma das mais importantes mobilizações de trabalhadores da Capital Federal que reagem à ofensiva dos patrões e do governo golpista de Ibaneis Rocha que a cada dia deixam mais claro seu caráter reacionário.
Enquanto mantém essa verdadeira falcatrua de subsidiar, através do estado, os capitalistas do monopólio das empresas de transporte (alegam que o governo não repassou quase R$ 900 milhões e por isso alegam não atenderem as reivindicações dos trabalhadores), o governo Ibaneis utiliza a suposta “falta de verbas” e a “falência do estado” para massacrar os trabalhadores (arrocho salarial, demissões, etc.) e o sucateamento dos serviços públicos (cortes no orçamento, “privatizações”, etc.) para manter os lucros das grandes empresas capitalistas que “faliram” o e querem continuar com que os trabalhadores paguem pela “crise”.
Contra a ofensiva dos patrões e seu governo, a única saída é criar uma verdadeira mobilização de toda a categoria dos rodoviários através de uma campanha em defesa das suas reivindicações. Uma campanha de luta pelas necessidades dos trabalhadores diante da crise, contra os planos da burguesia de fazer crescer o desemprego e a miséria.
Para impulsionar esta mobilização, o movimento dos trabalhadores necessita de um programa independente do grande capital. A situação é clara. Diante da crise é ele ou os trabalhadores. Ou os trabalhadores se mobilizam na defesa de seus empregos e dos seus salários, bloqueiam a ofensiva dos patrões e derrotam o governo Ibaneis e seus planos ou os patrões irão impor mais desemprego, mais fome e mais miséria.
Lutar por um programa que contemple todas as reivindicações imediatas da categoria, são a base principal para impor uma derrota real aos patrões e seu governo.