Na falta de argumentos, as calúnias. É assim que funciona sempre que a burguesia ou a esquerda pequeno-burguesa veem-se confrontados com algum debate com o PCO. Nas redes sociais, vemos essas calúnias sendo requentadas. Lembra bastante aquela piada que a esquerda contava na época do golpe de Estado de 2016 em que a direita colocava a culpa de tudo no PT. Diante de qualquer argumento, os coxinhas repetiam: “e o PT? E a Dilma?”. Com o PCO é assim: “e o Neymar?”; “e o Talibã?” e por aí vai…
Mas não há nenhuma novidade, na história do movimento operário, os revolucionários sempre foram tratados assim. Para facilitar, vamos trazer um compilado das calúnias mais usadas contra o PCO, algumas mais novas, outras mais antigas.
1) O PCO defende o Talibã
O PCO não tem nenhuma afinidade ideológica com o Talibã, nem com outros grupos islâmicos. Mas o PCO defende, sim, esses grupos e se identifica com sua luta anti-imperialista.
O Talibã, quando derrotou os invasores norte-americanos no Afeganistão, era a expressão da vitória da luta dos oprimidos. Qualquer revolucionário, qualquer pessoa progressista deveria aplaudir esse feito.
2) PCO defende Neymar
O que querem dizer com isso, ou melhor, qual a insinuação? A de que o PCO defende politicamente as posições de Neymar. É como se o PCO não tivesse um programa político de décadas, não fosse marxista, nada disso. A política do PCO seria medida pelas posições políticas de Neymar.
Os que dizem isso apenas escondem a verdadeira posição do PCO: defender o futebol brasileiro como uma expressão legítima da cultura popular. O PCO defende Neymar como jogador e representante do futebol brasileiro. O PCO defende Neymar sempre que ele for alvo de ataques por parte daqueles que querem dominar o futebol brasileiro, os países imperialistas, que atuam no Brasil por meio da imprensa capitalista. Em última instância, o PCO não está interessado nas posições políticas de Neymar, nem político ele é, mas em Neymar como jogador de futebol.
3) O PCO é negacionista
Durante a pandemia, o PCO foi chamado de negacionista porque, diferentemente de toda a esquerda pequeno-burguesa, o Partido defendeu que era preciso uma mobilização em torno de reivindicações vitais para enfrentar a pandemia e a crise econômica. A esquerda apenas obedeceu a burguesia e ficou em casa com medo. Isso enquanto os trabalhadores eram obrigados a sair para trabalhar, pegar transporte lotado, diariamente. O PCO sempre denunciou a ineficácia e a farsa da política de isolamento, já que ela só servia para a classe média e a burguesia, os trabalhadores nunca tiveram esse direito.
O PCO foi o primeiro a denunciar a gravidade da pandemia. Na época, o PCO divulgou um programa para a crise sanitária e econômica que continha uma série de reivindicações populares.
4) O PCO é anti-vacina
O PCO levantou nas manifestações “Fora Bolsonaro” em 2021 a palavra de ordem: “vacina, auxílio e fora Bolsonaro”. Dizer que o PCO é anti-vacina é ridículo. A acusação, porém, vem do fato de que o PCO denunciou que a grande indústria farmacêutica estava ocultando dados importantes das vacinas.
5) PCO falou que a culpa pelo 7 a 1 foi da esquerda
Quando o Brasil foi derrotado pela Alemanha na Copa de 2014, o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, escreveu artigo relacionando a derrota à pressão sobre os jogadores exercida pela política dos golpistas. A direita, que naquela época estava em plena campanha golpista, fez uma pressão gigantesca para a derrota do Brasil. Essa campanha, durante a Copa, passava por impedir que a Seleção fosse campeã mundial, o que nitidamente favoreceria Dilma.
O que o PCO explicou foi que a esquerda pequeno-burguesa foi cúmplice dessa campanha golpista contra o governo Dilma. Vale lembrar que Guilherme Boulos foi o astro da campanha “Não vai ter Copa!” que serviu bem ao propósito golpista.
6) PCO defende os Bandeirantes
O PCO analisa a história do Brasil com o método do materialismo histórico. Para os marxistas, os fenômenos não devem ser vistos do ponto de visto moral, mas de um ponto de vista concreto.
Para o PCO, os bandeirantes realizaram importantes feitos para o Brasil. O principal deles é ter desbravado os sertões e assim ter expandido o território nacional.
7) O PCO defendeu o golpe contra o PT
Virou e mexeu aparece uma foto com trabalhadores dos Correios queimando uma bandeira do PT. Alguns dizem: “sindicalistas do PCO queimam a bandeira”. Inventam livremente a informação, talvez porque o PCO tenha um trabalho sindical de oposição na categoria.
Embora seja uma mentira deslavada, é preciso esclarecer: 1) o PCO não queimou bandeira do PT; 2) não há ninguém do PCO naquela foto; 3) A foto não é de 2015 nem 2016, mas de 2011, quando nem havia um processo golpista em marcha.
É bom esclarecer tudo isso, mas é bom também esclarecer que aquela foto é um protesto legítimo – mesmo que não concordemos com o método – dos trabalhadores que estavam sendo roubados pela direção dos Correios. Na época, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, se colocou como um carrasco dos trabalhadores, negando aumento e se recusando inclusive a negociar, enviando a campanha para o TST, que declarou a greve ilegal. Com um tratamento assim, a ação de uma parte dos trabalhadores é compreensível.
8) O PCO defende a extrema-direita
É ridículo dizer isso, já que notoriamente o PCO é o partido que mais combate a direita. Mas o que querem dizer com isso é que a defesa da liberdade de expressão seria “defender a extrema-direita”. A esquerda, assim como a burguesia, não tem princípios. O PCO tem! E se defendemos os direitos para os trabalhadores, defendemos para todos.