Na medida em que os Estados Unidos são o país mais desenvolvido do capitalismo, também é o que guarda consigo as contradições mais agudas. Não à toa, o país que estabelece uma ditadura mundial, que precisa fortalecer ao máximo seu aparato repressivo para dar conta de tal façanha, também convive com uma intensa violência, com uma intensa repressão e até mesmo com efeitos psicológicos dessa loucura toda.
Não é dúvida para ninguém que os Estados Unidos são uma sociedade doente. No que se refere ao racismo, sua polícia é a mais criminosa do mundo, a mais brutal e antidemocrática: trata-se de uma máquina criada para reprimir os trabalhadores.
Recentemente, eles assassinaram Tyre Nichols, em Memphis; tal caso está gerando uma comoção nacional no país. No entanto, não foi a primeira vez em que a polícia norte-americana se mostrou como uma máquina de guerra contra o povo: relembre outros casos.
Jacob Blake, por exemplo, em agosto de 2020, foi baleado em Kenosha. Ele estava separando uma briga doméstica, quando foi separado por policiais e foi brutalmente baleado; conseguiu sobreviver aos tiros, mas perdeu o movimento das pernas.
Breonna Taylor, em março de 2020, teve a casa invadida por policiais em uma operação contra o tráfico de drogas, que procurava o ex-namorado dela. No final, o atual namorado achou que se tratava de um assalto, reagiu, e ambos foram brutalmente baleados pelos policiais – mais de 20 tiros atingiram a cidadã norte-americana.
Rayshard Brooks, dias depois do assassinato de George Floyd, foi abordado pela polícia por estar dormindo dentro de seu próprio carro em frente a uma rede de drive-thru; após Rayshard ter alegado que havia consumido bebida alcóolica no dia anterior, os policiais tentaram algemá-lo; ele se revoltou com a ação ditatorial, visto que só estava dormindo dentro de seu próprio carro parado em um estacionamento, e o policial disparou três vezes contra Rayshard.
Todos esses exemplos demonstram como a polícia norte-americana é uma polícia criminosa. Não só lá, mas em todos os países do mundo, trata-se de um corpo armado do Estado burguês para defender a propriedade privada e os interesses do capital; são agentes remunerados da repressão e dos patrões.