Na noite da última quarta-feira (6), no campus da Universidade de Nevada, na cidade norte-americana de Las Vegas, ocorreu um ataque a tiros que resultou em três vítimas e um ferido em estado crítico. As autoridades rapidamente identificaram o atirador como Anthony “Tony” Polito, de 67 anos, um professor cuja candidatura recente para um cargo na universidade fora rejeitada.
“Estava sentado do lado de fora, tomando café da manhã. Eu ouvi três estrondos altos e pensei: ‘o que foi isso?’”, disse um estudante à rede norte-americana KVVU, afiliada da CNN (Estudantes da Universidade de Nevada relatam medo durante ataque a tiros, CNN, 6/12/2023). “Eles [a polícia do campus] nos tiraram do Diretório Acadêmico. Passamos por uma das janelas, a janela foi atingida e havia vidro por toda parte”, disse outra estudante ouvida pela rede, identificada como Jessica. À matéria da CNN, a jovem afirmou poder ouvir os tiros do local onde ela e outros jovens estavam. “Cerca de 200 jovens em um só espaço. Muitas pessoas estavam em pânico”, destacou, referindo-se aos estudantes abrigados no prédio.
O tiroteio começou no quarto andar do prédio Beam Hall, onde está localizada a faculdade de Economia, desencadeando uma resposta da polícia universitária. As vítimas foram socorridas, e quatro pessoas foram hospitalizadas devido a ataques de pânico. Durante as operações de busca por mais vítimas, dois policiais também sofreram ferimentos leves.
A identidade do atirador foi divulgada apenas após a notificação das famílias das vítimas. Contudo, a motivação de Polito permanece desconhecida, com poucas informações a respeito, exceto sua malfadada tentativa de se candidatar a um emprego. O acontecimento lembrou a cidade de Las Vegas de outro ataque a tiros semelhante, ocorrido 2017, que deixou 60 mortos e 500 feridos, um dos episódios mais mortíferos da história moderna dos EUA.
A repetição desses eventos reforça a magnitude da crise social dos EUA, fazendo do ataque de Las Vegas não um incidente isolado, mas uma expressão da severa pressão que atinge a população. Na tarde de quinta-feira, o xerife do Departamento de Polícia Metropolitana de Las Vegas, Kevin McMahill, disse que Polito estava “com dificuldades financeiras” e que a polícia encontrou um aviso de despejo em sua porta, uma situação que afeta milhões de norte-americanos e torna o país propício a tais loucuras e que atingem, principalmente, a juventude.
É por isso que episódios como esse acontecem nos Estados Unidos. A culpa não é da facilidade que a população tem em comprar armas, isso é um dos aspectos positivos da legislação norte-americana. A culpa é do imperialismo e do regime de opressão que ele impõe à população do país e do mundo.