Para fazer um contraponto ao Foro de São Paulo, a esquerda ligada ao imperialismo resolveu criar a Rede Futuro. Segundo informações, o encontro que reunirá alguns partidos de esquerda da América Latina, tem como objetivo isolar, ou melhor, deixar de fora, governos e partidos que para eles são “autoritários”, como Nicarágua, Cuba e Venezuela. O encontro vai acontecer de sexta (7) até domingo (9) em Santiago do Chile.
O Brasil terá quatro participantes. Além de Juliano Medeiros, presidente do PSOL, os deputados federais Ana Pimentel (PT-MG), Célia Xakriabá (PSOL-MG) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) representarão o país no evento. Os partidos Convergência Social (de Gabriel Boric, atual presidente do Chile), Colombia Humana (de Gustavo Petró, atual presidente da Colômbia) e Frente de Todos (da Argentina) são alguns dos grupos que estiveram envolvidos nas tratativas.
As pautas que serão discutidas durante o evento são as mais abstratas possíveis. E é possível ver claramente a política identitária do imperialismo agindo com bastante força neste encontro. As pautas mais importantes, como as necessidades urgentes da classe trabalhadora, desenvolvimento, economia, luta contra o capitalismo e o imperialismo não serão discutidas. Por outro lado, crise climática, feminismo e direitos humanos serão alguns dos temas prioritários do encontro “Construindo o Futuro”. Assuntos como crise migratória, economia popular e integração regional também devem estar na pauta.
Não é segredo para ninguém que Gabriel Boric, considerado a nova esquerda latina americana, não passa de um capacho do imperialismo. Foi colocado onde está para barrar as mobilizações chilenas que a cada dia ganhavam características revolucionárias contra a burguesia e o imperialismo que mantém o país refém há anos. No Brasil, Guilherme Boulos, é o homem do “não ter copa” que foi a frente de esquerda no país que atacou o governo Dilma durante o golpe de Estado de 2016.
A manobra é bem evidente, com a demagogia de serem progressistas, infiltram na esquerda para destruir o verdadeiro movimento da esquerda de luta real da classe operária. O PSOL é claramente um cavalo de Tróia dentro da esquerda brasileira. Há um vasto histórico de ligações de lideranças desse partido com elementos ou ONGs comandadas diretamente pela CIA e outras organizações golpistas do imperialismo. A exclusão de países que são inimigos diretos do imperialismo é também fato concreto e mostra de que lado está essa nova esquerda.
“Organizações como o Foro de SP e o Grupo de Puebla foram importantes para que a esquerda elaborasse na década de 1990 estratégias eleitorais vitoriosas no Brasil, Argentina e outros países. A proposta da rede é trazer novas ideias” (Juliano Medeiros, presidente do PSOL)
Estes que estão participando desse encontro, são organizações que não tem nada de nacionalistas, muito pelo contrário estão se organizando para atrapalhar ou até fortalecer golpes de Estados do imperialismo contra os governos nacionalistas. O “trazer novas ideias” declarado por Medeiros, é para abrir brecha para a total direitização da esquerda no Brasil. Todo mundo sabe que esses partidos que estarão no encontro são oportunistas e apenas visam cargos políticos de qualquer espécie e a qualquer custo.
É fácil ver a fisionomia dessa Rede Futuro e a que serve. Diante da crise que está o imperialismo nesse momento, essa organização servirá como colchão d’água diante do levante das massas populares contra os governos pró imperialistas. Não se deve desconfiar em nenhum momento que possa haver financiamento de ONGs da burguesia imperialista. Organização como essa está sendo criada para atacar os governos que têm força popular e não se submetem aos mandos do capital internacional e ao imperialismo, caso do Lula por exemplo.
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