Caracas, Venezuela.— «Chávez e seus camaradas em luta abalaram nosso continente e tiveram um impacto sobre a história contemporânea de nossa América».
Foi o que disse o general-de-exército Raúl Castro Ruz, líder da Revolução Cubana, nesta capital, no encerramento do Encontro Mundial: Validade do Pensamento Bolivariano do Comandante Hugo Chávez no século XXI.
«Chávez teve o mesmo impulso revolucionário que anima a Revolução Cubana», afirmou Raúl. E sustentou que, na ideologia do Eterno Comandante, havia «a ideia de Fidel de que a vitória existe desde que se lute».
Da relação entre os dois gigantes, falou de «alguns momentos que nos marcaram»; evocou «o carinho e o encorajamento que Chávez e Maduro deram a Fidel», depois que o Comandante-em-chefe foi operado.
Lembrou que, do discípulo de José Martí, o discípulo de Simón Bolívar disse uma vez: «Que ser humano ele é! Que material ele é feito!» e o chamou de «um cavaleiro da resistência heróica, um cavaleiro da verdade».
O orador falou das visitas de Fidel a seu amigo próximo quando estava sendo operado em Havana, e falou dos diálogos entre os dois: «Eles nunca pararam de planejar como transformar seus sonhos em realidade (…) Fidel e Chávez relacionaram suas ideias com aquela enorme capacidade de pensar grande», disse.
Referiu-se às preocupações dos revolucionários da Ilha quando souberam da doença do irmão venezuelano, e à admiração que despertou neles com sua coragem diante da doença que, no final, pôs um fim à sua existência física.
«É com grande dor que lamentamos a sua partida», disse o líder cubano. «Chávez era nosso irmão na luta, que imediatamente ganhou a simpatia de nosso povo (…) Muito cedo, Fidel viu nele um líder revolucionário, e previu seu futuro político, quando muitos ainda nem o conheciam».
«A lealdade aos princípios e compromissos assumidos por ele foi», exaltou Raúl, «um dos pontos fortes da liderança de Chávez, ele estabeleceu metas que também apontam o caminho para nós (…) Fomos marcados por Chávez».
Raúl lamentou as contínuas agressões imperialistas contra a Revolução Bolivariana, a fim de derrubá-la, e elogiou a capacidade de resistência e superação deste povo, e da liderança bolivariana.
Dez anos após a partida do Comandante-em-chefe venezuelano, a marca do revolucionário exemplar que era está crescendo cada vez mais. Isto foi confirmado pelas palavras de Rafael Correa, Evo Morales, Daniel Ortega, Manuel Zelaya, Luis Arce, Ralph Gonsalves e Roosevelt Skerrit, entre outros presidentes, ex-presidentes, intelectuais e primeiros-ministros, que evocaram o líder bolivariano no dia do encerramento da reunião internacional.
Fonte: Granma