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O imperialismo

Quem não quer que o Brasil explore petróleo?

A imposição do imperialismo por meio das ONGs

O portal Sumauma publicou artigo chamado “Até a última molécula de petróleo?”, assinado por Natalie Unterstell, apresentada como “presidente do Instituto Talanoa, que se dedica a políticas de mudanças do clima no Brasil”.

No texto, depois de fazer uma série de colocações sobre o uso dos combustíveis fósseis e como isso estaria levando o mundo à catástrofe, descrevendo uma por uma a política dos principais países em relação ao petróleo, a autora afirma:

“Por fim, a postura do Brasil em projetos de petróleo e gás é agressiva. Estima-se que, até o final da década, o aumento da produção de petróleo e gás no país será de 60% e 110%, respectivamente. Hoje, estamos atrás apenas da Arábia Saudita e do Catar em milhões de barris de óleo obtidos onde há projetos de exploração aprovados – ou à espera de ser aprovados – em 2022 e 2023, segundo a Rystad Energy (empresa independente que faz pesquisas globais sobre energia). É interessante notar o otimismo brasileiro com relação a sermos tão ou mais competitivos que os árabes.”

A crítica é velada, mas o recado do texto é claro. Ao falar que a postura do Brasil é “agressiva”, a autora não está apenas dizendo que o governo brasileiro não deveria ter no petróleo uma prioridade. Ao usar a palavra “agressiva” ela insinua que há um certo crime no ar, como se o governo Lula estivesse promovendo um crime ambiental.

Antes dessa declaração, o texto cita, ainda, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, que em entrevista à Bloomberg News, declarou: “Estamos prontos para ser o último produtor de petróleo do mundo”. Compara a declaração com a do líder saudita Abdulaziz bin Salman que teria afirmado que “Ainda seremos os últimos homens de pé, e cada molécula de hidrocarboneto será extraída”.

É fácil notar aonde quer chegar o texto do portal Sumauma. O Brasil precisaria abri mão do petróleo. Por trás de toda a enrolação, é isso que defende o artigo.

Vale lembrar que o portal serve como uma espécie de porta-voz de Marina Silva. Foi nele que a ministra declarou que “a Petrobrás deveria deixar o petróleo de lado”. Nem precisamos dizer que o portal foi, também, o principal defensor da política do IBAMA de bloquear as pesquisas de prospecção na Margem Equatorial.

Segundo a ideia do texto, o Brasil estaria cometendo um enorme erro em se preocupar com o petróleo. Deveríamos, então, deixar as reservas ali, paradas… até que um estrangeiro as tome?

O próprio texto revela que, entre idas e vindas, o discurso de “transição energética” não passa de demagogia para todos os países. É muito discurso, mas quem continua imperando no mundo são o petróleo e o gás.

Por isso, também, sem entrar nos interesses escusos que possam existir por trás dessa ideologia, a política de abandono do petróleo é colocar o Brasil numa situação desfavorável diante do resto do mundo.

Além disso, fica claro que seria uma enorme irresponsabilidade do governo brasileiro abrir mão de uma riqueza tão gigantesca por conta de uma ideologia que não se comprova na prática. Não se comprova pelo simples fato de que se mostra inviável no mundo todo.

E entrando nos interesses escusos, o texto é muito suspeito ao dizer:

“Não surpreende, portanto, que o movimento da sociedade civil por uma Amazônia Livre de Petróleo e Gás tenha explodido na Cúpula da Amazônia. Pode ter sido uma virada importante: a diplomacia brasileira nunca esteve sob tanta pressão popular para se posicionar sobre a substituição dos combustíveis fósseis.”

Onde exatamente a autora viu essa “pressão da sociedade civil”? Nós respondemos. Trata-se de um lobbie conduzido por organizações diretamente internacionais ou ligadas a grupos internacionais. O próprio uso do termo “sociedade civil” revela o conteúdo de tal pressão.

Não são movimentos populares, ou seja, não há uma verdadeira mobilização popular em torno de uma revindicação. E não há mesmo.

As organizações ligadas ao imperialismo se autodenominam da “sociedade civil” porque isso disfarça seu conteúdo de classe.

O que está havendo, como já denunciamos anteriormente, é uma pressão do imperialismo para que o governo Lula abandone o petróleo. Enquanto isso, os países imperialistas exploram ao máximo suas reservas e as dos outros (a nossa vizinha Guiana que o diga) e esperam o momento para roubar as nossas, intactas, como defendem suas ONGs da “sociedade civil”.

Para terminar, talvez o leitor tenha ficado curioso para saber mais sobre o tal Instituto Talanoa. Uma rápida pesquisa em seu portal na internet e descobrimos algumas coisas, uma dela é:

“Monitoramos diariamente e analisamos semanalmente as ações do governo federal em temas relevantes à mudança do clima e meio ambiente, em parceria com a Folha de São Paulo.”

Não é bonito isso? Em parceria com o jornal golpista Folha de S. Paulo, eles “monitoram” as ações do governo. Suspeito, não?

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