Para que serve uma privatização? Podemos falar, de modo geral, que é a entrega do patrimônio do povo para proveito dos capitalistas. Os capitalistas chegam e parasitam aquela determinada empresa que o povo, por meio do Estado, construiu e sustentou por anos.
Isso é certo, mas mais certo ainda quando descobrimos exatamente o que acontece com uma empresa privatizada. O vazamento de uma gravação de uma reunião interna da Eletrobrás, revelada em reportagem da Folha de S. Paulo de 12/06/2023, mostra que o grupo 3G Capital, através de sua subsidiária 3G Radar, de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, elementos envolvidos diretamente na quebra das Lojas Americanas e da Light, dominam a Eletrobrás.
Toda essa articulação foi feita antes mesmo da privatização, em conluio com Temer e Bolsonaro. A reportagem mostrou que eles operaram o processo por dentro da empresa e obtiveram seu controle de fato, mesmo tendo apenas 0,05% das ações com direito a voto.
O grupo indicou executivos e passou a ocupar os principais cargos de decisão, tendo inclusive maioria do conselho de administração, incluindo o presidente, Wilson Pinto e a diretoria de finanças, um verdadeiro escândalo!
A revelação serve para mostrar o que é exatamente a privatização. Os neoliberais fazem a propaganda de que o Estado não poderia ter o monopólio sobre um determinado ramo da economia, que o Estado não dá conta de gerir uma empresa e um tanto de argumentos idiotas como estes. Na realidade, tudo não passa de um grande esquema de corrupção envolvendo políticos poderosos e capitalistas, com o objetivo de parasitar o povo.
Lula já afirmou inúmeras vezes que o processo de privatização da Eletrobrás precisa ser revisto. Esse motivo é muito mais do que suficiente para isso. Na verdade, o vazamento obrigaria, se o Judiciário brasileiro não estivesse igualmente envolvido nessas falcatruas, uma investigação contra esses criminosos que lesaram o País.
É urgente a reestatização da Eletrobrás!