Nesse domingo (17), ocorreu a segunda aula do curso A questão Palestina, promovido pelo Partido da Causa Operária (PCO), com o objetivo de fornecer ao povo brasileiro informações sobre a história da Palestina e de “Israel” que não são expostas pela imprensa burguesa, a qual é controlada pela máquina de propaganda do sionismo.
Ministrado pelo presidente do Partido, Rui Costa Pimenta, na aula foi exposto que a imprensa imperialista propaga uma história mitológica de que os judeus teriam travado uma luta contra um “segundo holocausto” para fundar um lugar seguro para eles na Palestina.
Os israelenses apresentam que a “guerra” de 1948, que esteve na origem da fundação de “Israel”, teria sido travada contra um segundo holocausto, a ser cometido pelos árabes. No entanto, o presidente do PCO expõe que isto se trata de uma “mentira, uma propaganda rasteira”.
Ocorre que os judeus que participaram da fundação de “Israel” e seus políticos mais importantes nunca estiveram em nenhum campo de concentração. Nem sequer sofreram os famosos pogrom que ocorriam no Leste da Europa, ao final do século XIX e início do XX.
Para demonstrar a falsidade dessa história mitológica e exemplificar que o sionismo não era liderado por judeus que fugiam da perseguição nazista, Rui expôs um importante ocorrido histórico. Segundo o presidente do PCO, quando Hitler assume o poder, e começa a manifestar a agressividade do imperialismo Alemão em relação ao imperialismo Inglês e Francês, por volta do ano de 1935 tais países impõem um embargo econômico contra a Alemanha.
Mostrando sua natureza fascista e oportunista, setores do movimento sionista entram em contato com os nazistas, fazendo um acordo com estes para mandarem judeus para a Palestina. E assim mandaram algumas dezenas de milhares. Pessoas escolhidas pelas organizações sionistas, pessoas do movimento sionista. Pessoas que irão integrar o núcleo forte do sionismo na Palestina.
Segundo Rui, a operação era feita da seguinte maneira: Hitler entregava parte dos judeus, e o sionistas se comprometiam a pagar por todos os judeus que fossem entregues. Assim, recursos financeiros eram destinados a comprar o que fosse da Alemanha, com a finalidade de furar o bloqueio imposto pelo imperialismo francês e inglês.
Deve-se ter em mente que, nesta época, os nazistas já perseguiam os judeus. Contudo, segundo expôs Rui, os judeus não podiam fazer propaganda contra Hitler e a perseguição desatada pelos nazistas aos judeus incluía não fazer propaganda negativa do terceiro reich.
Ao fim, valia tudo para o projeto do Estado supremacista judeu, do sionismo.
Vale, então, expor alguns dos nomes dos principais sionistas envolvidos na fundação de “Israel”, os quais nunca estiveram em nenhum campo de concentração:
- Ben Gurion: fundador de “Israel”. Apesar de ter nascido na Polônia, em Plonsk, no ano de 1886, nunca foi alvo de nenhum progrom. Emigrou para a região da Palestina sob o Império Otomano em 1906, junto de seus pais. Assim, nunca foi preso em um campo de concentração nazista.
- Ariel Sharon: primeiro-ministro de Israel de 2001 a 2006. Nasceu na Palestina Britânica. Foi militar das Forças de Defesa de “Israel” (FDI), participou de diversos massacres perpetrados pelos sionistas, a exemplo do Massacre de Qibya, em 1948, tendo sido o principal responsável pelo massacre de Sabra e Chatila em 1982, durante a Guerra Civil do Líbano. Nunca foi alvo de pogroms.
- Golda Meir: primeira-ministra de Israel de 69 a 74. Nasceu em Kiev, no Império Russo, imigrando pros EUA em 1906, quando ainda era uma criança. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms.
- Ygael Yadin: alto oficial da Haganá. Chegou a ser segundo Chefe de Estado das FDI. Foi auxiliar do Primeiro-Ministro de Israel de 77 a 81. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms. Nasceu na Palestina quando era parte do Império Otomano.
- Moshe Dayan: alto oficial da Haganá, tendo servido no exército britânico durante a segunda guerra. Foi também Chefe de Estado nas FDI. Nasceu na Galileia. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms.
- Yitzhak Sadeh: Nasceu na Polônia russa. Imigrou para a Palestina em 1920. Serviu no exército imperial russo durante a primeira guerra. Foi comandante da Haganá durante a insurgência palestina de 1929. Reprimiu a revolução de 36. Teve papel fundamental na fundação da Palmach, tropa de elite da Haganá. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms.
- Ygal Allon: um dos comandantes da Palmach, Primeiro-Ministro Interino de “Israel”. Chegou a ser General das FDI. Nasceu na Galileia. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms.
- Yitzhak Rabin: chefe de operações da Palmach durante a guerra de 1948. Primeiro ministro de “Israel” por dois mandatos. Comandante geral das FDI durante a Guerra dos Seis Dias. Nasceu em Jerusalém, na Palestina Britânica, em 1922. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms.
- Yitzhak Shamir: nasceu na Polônia, imigrou para a palestina em 35. Um dos fundadores a Gangue Stern (Lehi), milícia fascista racha do Irgun, outra milícia fascista. A Lehi foi a principal responsável pelo massacre de Deir Yassin. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms. Inclusive foi um dos que buscaram aliança com a Alemanha Nazista e a Itália Fascista.
- Avraham Stern: outro dos fundadores da gangue Stern, que leva o seu nome. Nascido na Polônia, imigrou para a Palestina em 1925. Nunca esteve em nenhum campo de concentração nazista. Nunca foi alvo de pogroms. Foi um dos que buscaram aliança com a Alemanha Nazista e a Itália Fascista.