O PSTU foi pego mais uma vez de beijos e abraços com o imperialismo. Enquanto os jornais capitalistas, verdadeiras sucursais do imperialismo no Brasil, ficaram histéricos por conta da visita do chanceler russo, Sergei Lavrov, ao governo Lula, o PSTU, aproveitou a deixa e se sentiu à vontade para colocar alguns gatos pingados para protestar contra a reunião.
Ver essas coisas dá até uma certa confusão nas ideias. Como seria possível que um partido que se diz de esquerda, mas não só isso, se diz trotskista e revolucionário, pudesse ser tão ativo defensor do imperialismo?
Seria surpreendente se o partido em questão não fosse o PSTU.
Mas trata-se apenas de mais um episódio de total alinhamento do partido ao imperialismo.
Em São Paulo, a ex-candidata a presidência do partido, Vera Lúcia, posou para foto em frente ao consulado da Rússia com uma faixa “São Paulo está com a Ucrânia”.
Junto dela, pessoas segurando algumas bandeiras ucranianas e Eduardo Jorge, ex-candidato à presidência pelo PV.
Quem vê a foto com poucas pessoas sente falta de uma bandeira da OTAN e das organizações fascistas que participam direta ou indiretamente do governo ucraniano desde o golpe de 2014.
É disso que se trata a posição do PSTU. Estão alinhados com o que há de mais reacionário no mundo: o imperialismo.
O PSTU alega que a Ucrânia estaria sendo vítima de um suposto imperialismo russo. A ideia é uma fantasia total. Primeiro que não há imperialismo russo, a Rússia é um país atrasado e oprimido pelo imperialismo.
E é justamente por conta dessa posição que os russos foram ameaçados pela OTAN. Em primeiro lugar os norte-americanos promoveram um golpe de Estado em 2014, que o PSTU chamou de revolução. Esse golpe teve a participação decisiva de grupos fascistas e nazistas ucranianos e impôs um regime de terror contra a população ucraniana. A partir daí, o imperialismo iniciou movimentos para colocar a Ucrânia dentro da OTAN, numa clara ameaça territorial contra a Rússia. Depois de muitas tentativas de se chegar a um acordo, Putin decidiu agir numa guerra defensiva.
A Ucrânia não é nada mais do que bucha de canhão do imperialismo para atacar os russos. O PSTU quer que os Estados Unidos deem mais armas para o governo ucraniano continuar jogando seu povo no matadouro. E, diferentemente do que afirma o PSTU, o imperialismo está gastando muito dinheiro com a Ucrânia.
Quando o PSTU se coloca contra a Rússia, não está a favor da Ucrânia. Isso é apenas uma manobra retórica para disfarçar seu posicionamento pró-imperialista. Ele está do lado da OTAN, dos Estados Unidos e dos grupos golpistas e fascistas ucranianos.
Nesse caso, a posição correta é defender a luta dos russos contra o imperialismo e defender a derrota do golpe na Ucrânia, o que significa não apenas acabar com as milícias nazistas que estão lá, mas expulsar o imperialismo que domina o governo, a começar pelo presidente fantoche Zelenski.
A única posição revolucionária é defender a Rússia, que está sendo ameaçada pelo imperialismo. Essa é a posição tradicional dos marxistas, que o PSTU abandonou há muito tempo.