A imprensa francesa divulgou no dia 30 de dezembro que Neymar não seria liberado para o enterro do maior ídolo do futebol mundial. A nota esclarecia:
“A oportunidade de uma viagem ao Brasil poderia ter existido para Neymar, suspenso neste domingo para o confronto contra o Lens. Mas o Paris Saint Germain (PSG) conta com ele para os próximos compromissos, estando o calendário da sua equipe carregado.”, revelou o diário.
O mais impressionante é que Neymar, foi suspenso e não participou do jogo do dia 2 de Janeiro, mesmo dia do velório do Rei do Futebol. Ou seja, mesmo não jogando, o clube francês em atitude desumana fez questão que Neymar não viesse ao velório da maior personalidade do futebol da história, seu amigo e companheiros de clube. Simplesmente um ato ditatorial do clube francês, visto que por exemplo Messi, ainda está de folga desde a final da Copa do Mundo do Catar.
No início da tarde desta segunda-feira (02), na entrada da Vila Belmiro, Neymar da Silva Santos, pai do jogador, confirmou que o filho não irá ao velório, que começou às 10h na Vila Belmiro. O pai do jogador explicou que o PSG não liberou o atacante para dar o último adeus na cerimônia em Santos. “Não, não, não consegue”, disse Neymar pai ao ser perguntado se o filho estaria na cerimônia. Depois completou: “Meu filho pediu para que eu estivesse aqui no lugar dele e trouxesse apoio à família”, disse. “Nós não perdemos só o atleta, perdemos o Edson Arantes”. O pai do jogador também informou que o último contato de Neymar com Pelé foi por telefone, segundo o pai do atacante.
O atacante brasileiro, logo após a notícia de falecimento, usou suas redes sociais para prestar homenagem ao Rei:
“Antes de Pelé, o futebol era apenas um esporte. Pelé mudou tudo. Transformou futebol em arte, deu voz aos pobres, aos negros e principalmente: deu visibilidade ao Brasil. Ele se foi, mas a sua magia permanecerá. Pelé é ETERNO!” pic.twitter.com/KfpdsdIoa0
Um ponto esclarecedor é o total inverso tratamento dado ao Francês Mbappé. No início de Maio do ano passado, depois do novo contrato, Mbappé tornou-se o jogador mais bem pago do clube. Também comenta-se postura diferente do jogador. Companheiros de vestiário usam palavras como “mimado” e “insuportável” para referir-se ao camisa 7. Também, a imprensa fala que Mbappé, depois do novo contrato, ganhou autoridades extracampo, como por exemplo se colocou a favor da demissão do treinador Maurício Pochettino e do diretor de futebol Leonardo. É dito que seu objetivo é ter um PSG mais francês e menos latino. Quando no meio de ano falou-se de Neymar ir embora do PSG, em nenhum momento Mbappé se opôs. Outros casos de ciúme também já foram relatados pela imprensa francesa.
É claro que essa atitude ditatorial do time francês, possui todo um fundo político, pois em última instância o futebol europeu é adversário direto do Brasil. Futebol este que nunca produziu algo parecido como nossos jogadores, quem dirá um Pelé. É preciso denunciar este caso, para vermos como os países imperialistas tratam os jogadores latinos. Uma perseguição e subjugação. Neymar não poderá dar o último adeus ao Rei mesmo não jogando, é desumano, escrachado e nojento.