Neste domingo (05/03), foi ao ar o programa “TV Mulheres 156, “. As companheiras Stefania Robustelli de São Paulo, Adriana Machado de Nova Iorque e Silvia Mendes de Minas Gerais apresentaram o programa. Tendo o companheiro Rene da Silva Bastos na produção do programa.
O programa iniciou com a divulgação da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta, que acontecerá nos dias 21, 22 e 23 de abril em São Paulo, no Sindicato dos Bancários. Stefania pontua que há uma mobilização nacional de convocação, estão sendo panfletados milhares do “Jornal dos Comitês de Luta” com o título: Contra o Golpe, a Ditadura e o Fascismo!
Essa conferência é um pontapé para a realização de um movimento maior, nacional, é um chamado aos comitês de lutas, aos sindicatos, todos os trabalhadores, coletivos de mulheres, negros, indios, a toda população oprimida pela burguesia imperialista. As pautas são:
- Fim da tutela militar sobre o regime político;
- Abaixo a conspiração golpista;
- Aumento emergencial do salário mínimo;
- Ensino público e gratuito para todo mundo;
- Reestatização da Petrobrás e da Eletrobrás;
- Terra para quem nela trabalha;
- Fim da dívida pública com es especuladores;
- Diminuir já o desemprego;
- Revogação de todas as reformas.
As companheiras colocam a importância da participação pois são pautas que dizem respeito a todos, e a Silvia pontua a importância do movimento dos sem terra-MST que é um grande produtor de alimentos livres de agrotóxicos e fornecedor de alimentos para merenda escolar, essa é uma luta que diz respeito às mulheres e seus filhos também.
As companheiras lembram que as reuniões do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo acontecem aos sábados às 14h e são regionais, para participar faça contato no WhatsApp do coletivo (11) 934032386, também se colocam a disposição para ajudar a organizar um coletivo na sua cidade.
Seguindo na pauta, as companheiras trazem a última do identitarismo, que é colocar mulheres trans, isto é, um homem biológico que se sente mulher, para falar em eventos do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. A fabricante de chocolate Hersheys escalou uma trans de 27 anos, Fae Johnstone para a campanha do Dia das Mulheres. Também no Brasil houve uma confusão quando a Djamila Ribeiro criticou o Drag Queen Rita Von Hunty, que é um personagem do professor e youtuber Guilherme para o evento “Cúpula de Mulheres de 2023” no Hotel Unique. As companheiras discutem qual a pertinência dessa discussão, o tal lugar de fala, na verdade há uma disputa de espaço na mídia, tanto Djamila quanto Guilherme são requisitados pelas empresas capitalistas, Prada, Johnnie Walker, Coca-Cola…
Na verdade essa discussão tira o foco do que é realmente importante para as mulheres trabalhadoras que são a legalização do aborto, creches, paridade salarial e emprego, e outros direitos mais que as mulheres nunca tiveram ou perderam nos últimos anos. É uma forma de invisibilizar o dia da luta das mulheres trabalhadoras. Finalmente o identitarismo impulsiona a extrema direita.
Na sequência, as companheiras falam sobre a capa da revista Time, que traz a Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, como uma das mulheres do ano. Lembram que Marielle Franco, irmã assassinada de Anielle, era financiada pela Washington Brazil Office, Open Society, bolsista da Fundação Ford, e após sua morte eles adotaram Anielle. Nesta lista que Anielle está fazendo parte, existem mulheres que trabalham para o imperialismo, como por exemplo a Masih Alinejad, que foi semear discórdia entre as mulheres iranianas, estimulando um ato contra os costumes do Irã, que é deixar de usar o “Hijab”, lenço cobrindo a cabeça, colocando em risco a vida dessas mulheres, já que não usar o Hijab é um crime, e ela nem estava lá. Estava chamando esse “ato” de revolução das Mulheres”. Foi uma manifestação impulsionada pelo imperialismo. Definitivamente, Anielle Franco está com péssimas companhias.

As companheiras repercutem uma denúncia da CUT, onde a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville-Sinsej, Jane Becker, foi ameaçada de morte por denunciar que trabalhadores comiam no chão de canil em obra da prefeitura de Joinville. Recebiam quentinhas e tinham até R$800,00 de descontos no pagamento.
As companheiras também discutiram a questão do Bolsa Família que foi tratado na Análise Política da Semana com o Rui Costa Pimenta no sábado (04/03). Lançado oficialmente nesta quinta-feira (2), o novo Bolsa Família vai pagar R$600 por família, mais R$150 por criança de até seis anos e mais R$50 por integrantes com idades de até 18 anos. As companheiras pontuam a questão das regras que as famílias têm que cumprir para receber o bolsa família, que acabam humilhando ainda mais as pessoas que já estão humilhadas por terem que viver de um bolsa família, as pessoas querem viver do seu trabalho, são pessoas pobres e não devem ser tratadas como criminosas. Há outros meios de incentivar as famílias a mandarem seus filhos para a escola.

Silvia, que é professora da rede pública, conta que uma mãe teve seu bolsa família cortado pois o filho adolescente não estava indo a escola, pontua, a vida das pessoas já é difícil, e ainda tem que lidar com isso, ficar sem o que comer. Não é o Bolsa Família que vai levar as crianças para a escola, mas um ensino bom, interessante, de qualidade. Adriana conta que nos EUA é a mesma coisa, e que é uma dificuldade muito grande de conseguir algum benefício do governo, que impõe condições perversas para que consigam.
Stefania faz o chamado para a participação das mulheres no 8 de março e as companheiras contam um pouco do que significa esse dia. Também divulga que no domingo 12/03 haverá um evento do Dia das Mulheres Trabalhadoras do Coletivo de Mulheres Rosa Luxemburgo no Centro Cultural Benjamin Péret – CCBP, na Rua Conselheiro Crispiniano, 73, Metrô Anhangabaú.
Assista ao programa na íntegra aqui. Inscrevam-se no nosso canal!