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Mato Grosso do Sul

Preso político de Riedel, Magno Souza não estava na retomada

A prisão ilegal de dez indígenas Guarani-Caiouá pela PM de Eduardo Riedel na retomada Iwu Vera em Dourados/MS está cada vez mais evidente que é uma farsa

A redação do Diário da Causa Operária (DCO) teve acesso ao chamado “auto de prisão flagrante (280)” que, quando analisado, parece mais uma peça de ficção. As acusações realizadas pela polícia militar contra os índios Guarani-Caiouá da retomada Iwu Vera são completamente falsas e se contradizem em si mesmo, como iremos mostrar.

Confrontados com as versões dos moradores da área que acompanharam inclusive a ação ilegal da polícia envida pelo secretário de Riedel, nem mesmo as datas e os horários se sustentam. Em uma passagem  lemos o seguinte: “Ato contínuo, foi localizado e conduzido à delegacia, MAGNO DE SOUZA, suposto líder do grupo…” (grifo nosso)

Esta pequena citação é chave para desmascarar toda a farsa. Vamos analisá-la à luz dos depoimentos dos moradores e das vítimas já soltas. Chamamos atenção que na descrição da polícia, Magno de Souza “foi localizado”, ou seja, ele NÃO ESTAVA NO LOCAL! 

As acusações dos policiais militares contra Magno de Souza que estão no processo são absurdas porque ele sequer foi preso no mesmo local e momento das prisões dos índios acampados na área da retomada. Mais ainda, segundo a comunidade, Magno de Souza, acusado pela polícia de ser “o suposto líder”, nem da retomada participou.

Em outros depoimentos de indígenas registrados pelo DCO, moradores informam que a polícia não entrou na área de retomada assim que chegou, mas ficou parada no local que dava acesso à área. 

Por iniciativa própria os índios foram até a polícia (e não como está sendo falsamente apresentado pela polícia) para conversar sobre o que ocorria, a polícia não precisou nem usar a força, mas apenas enganou os índios (https://causaoperaria.org.br/2023/liberdade-para-o-companheiro-magno-indigena-preso-pela-pm/) que foram até o local onde estavam as viaturas da PM para explicar o ocorrido. A polícia os convenceu de irem até a delegacia contar o caso ao delegado. Os índios acreditaram que fosse prudente ir até delagacia porque não faziam nada de ilegal. Apenas depois de colocarem os índios para dentro dos carros que a polícia entrou no acampamento e foi revistar os barracos.

Após a prisão dos indígenas, os policiais foram até o acampamento da retomada e foi onde afirmam que encontraram a arma calibre 22, juntamente com facões, estilingues e rojões. E depois incendiaram o barraco.

A versão apresentada pelos policiais é completamente falsa (fato muito corriqueiro nas ações da polícia militar) e seria falsamente comprovada se não houvesse o objetivo de manter os índios presos e a grilagem de terras indígenas no estado do Mato Grosso do Sul.

Podemos afirmar com segurança devido as ações criminosas do governo de Eduardo Riedel e de seu secretário de justiça Antônio Carlos Videira em realizar despejos sem autorização judicial e prisões ilegais como ocorreram recentemente em Iguatemi, Rio Brilhante, Dourados e Guia Lopes.

A fala dos acusados, direito mais básico em um processo acusatório, está abafada no caso que brutalmente encarcerou 10 índios em Dourados/MS, a mando do governador do PSDB Eduardo Riedel (organizador do leilão da resistência) e seu secretário de justiça e segurança pública, Antônio Carlos Videira, o mesmo envolvido nos massacres de Caarapó e Amambai. 

O conluio de grandes empresários como os da Corpal com o latifúndio no Mato Grosso do Sul, garante o domínio completo da imprensa e do aparato judicial do estado. Até agora a voz dos índios capturados pela polícia, não aparece nem nos processos, nem na imprensa, com a única exceção deste diário e algumas matérias do MidiaMax.

É preciso intensificar as denúncias contra a política criminosa do governo de Eduardo Riedel e as ações para mobilizar para a liberdade dos dez índios Guarani presos políticos da luta pela terra.

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