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Tucanos

Prefeito ataca direitos e “antiracistas” não falam nada

Um verdadeiro obstáculo para o avanço da luta do negro

O ABC paulista foi palco da história da luta operária brasileira, tendo gerado frutos como o atual presidente da república, Lula. Também por isso a investida da direita na região ao longo das últimas eleições. 

Um representante legítimo dessa investida política da direita é o atual prefeito de São Bernardo do Campo (SBC), Orlando Morando Júnior (PSDB) conhecido por suas inúmeras medidas impopulares, de ataques aos direitos do povo e defesa dos interesses da direita na região que concentra quase 900 mil habitantes e é uma das cidades mais desenvolvidas do Brasil.

O Diário Causa Operária recebeu uma lista de denúncias contra o prefeito e as divulga, agora, para se ter uma breve noção do que é o PSDB no comando de um município tão importante como é São Bernardo do Campo. 

Uma das denúncias mais recorrentes foi o despejo da Casa do Hip Hop. No seu lugar, o prefeito deixou um posto da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Também ordenou o despejo de um terreiro de macumba. Também promoveu o fechamento da autarquia municipal, Fundação Criança. Criada na cidade nos anos 1970 para atender demandas da juventude da cidade.
Ficou famoso por, no dia 20 de novembro, dia da consciência negra, não decretar feriado, como as demais cidades do ABC. Tendo acabado, inclusive, com o carnaval de rua e perseguido blocos carnavalescos de São Bernardo, seguindo uma política tradicional da direita. 

Também foi autor do despejo do Alcoólicos Anônimos de um espaço em que estavam há mais de trinta anos, e do despejo da Gibiteca Municipal de seu prédio. Também foi para o vinagre, como se diz, o teatro do CEU (Centro de Artes e Esportes Unificados) Celso Daniel. 

Durante a pandemia, o prefeito também foi responsável pela demolição de casas de famílias na periferia de SBC, o que havia sido prometido em sua campanha através do slogan “devolver São Bernardo do Campo para os são bernardenses”, o que revelava, desde então, os propósitos nazistas do prefeito. 

Obviamente a leitura não é algo prezado pela direita, o que resultou no despejo da Biblioteca Guimarães Rosa, local onde hoje funciona um cartório eleitoral. Também foram desativadas as bibliotecas do Rudge Ramos (inaugurada em 1976) e a do bairro Baeta Neves (inaugurada em 1979).

A lista ainda denuncia uma série de ataques contra a cultura, educação e outros direitos sociais do povo de São Bernardo do Campo, como a destruição do programa Meninos e Meninas de Rua. Esse é o verdadeiro programa da direita, o PSDB puro-sangue ainda pode ser verificado em São Bernardo do Campo. Até aí, não tem muita novidade, afinal, a direita é justamente o programa de Orlando Morando Júnior.

O que chama atenção é a posição da esquerda parlamentar anti racista. Combativa toda vida (ironia), até agora não falaram nada sobre a questão. Toda a parafernália esquerdista e identitária, neste momento, não serve para absolutamente nada. Silvio Luiz de Almeida (Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania) e Anielle Franco (Ministra da Igualdade Racial), já conhecedores e cientes da questão de São Bernardo do Campo, conforme foi informado a este diário, sequer se pronunciaram sobre o prefeito direitista de SBC e suas medidas.

A realidade é que as candidaturas e os políticos que se apresentam como anti racistas só servem para pegar votos de um setor da sociedade incauto, e são eleitos ou indicados se aproveitando da desgraça alheia. O anti racismo virou moeda eleitoral. Na verdade, é uma farsa para esconder o que realmente o regime faz contra os negros e trabalhadores. 

A verdade é esta: o prefeito de São Bernardo do Campo (como o restante da direita no poder) toca o terror contra os pobres e negros da cidade, destrói todo o aparato social da cidade, e a esquerda parlamentar super anti racista nem fala nada, como é o caso da “bancada das sete pretas”, encabeçada por Mônica Seixas, do PSOL, Erika Hilton (PSOL) e outros. Fazer, todo mundo já sabe que não vão fazer nada, mas nem falar já é muito escandaloso. 

Essa esquerda auto-proclamada anti racista precisa ser denunciada como sendo o verdadeiro obstáculo para o avanço da luta do negro.

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