A libertação dos primeiros 39 prisioneiros palestinos, mulheres e crianças, de prisões israelenses levou ao êxtase a população de Gaza e dos Territórios ocupados. A libertação dos prisioneiros é resultado da trégua conquistada pela resistência armada palestina.
Os palestinos que estavam encarcerados na prisão de Ofer foram à cidade de Beitunia, a oeste de Ramalá, na Cisjordânia. Hasteando bandeiras do Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) e outras organizações armadas, os prisioneiros foram recebidos por uma massa de pessoas, levantando os dedos em sinal de vitória.
Na Faixa de Gaza também os prisioneiros foram recebidos com celebrações entusiasmadas. Em Jenin e seu campo, mesquitas ecoaram o Takbir (glorificação de Deus) em comemoração à libertação dos prisioneiros.
Algumas imagens divulgadas são emocionantes. Nas redes sociais, por exemplo, apareceu o momento em que Malak Suleiman se encontrou com sua família. Ela foi presa em 9 de fevereiro de 2016, e estava na área de Bab al-Amoud na Cidade Velha, carregando sua mochila escolar. Foi espancada e abusada naquela época, e condenada a 10 anos de prisão.
Outra prisioneira libertada agradeceu ao Hamas, em Gaza. “Tenho orgulho do Hamas, e amo Gaza muito, e tenho orgulho de Mohammed al-Deif [chefe das Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas] e [Yahya] Sinwar [líder do Hamas na Faixa de Gaza], porque foram os únicos que estiveram ao nosso lado”, afirmou.
Numa tentativa de censurar os palestinos, Israel ordenou que não fossem realizadas celebrações nas residências dos prisioneiros libertados.
Zaher Jabarin, alto funcionário do Hamas, afirmou que o acordo de trégua humanitária não teria sido possível sem a firmeza do povo de Gaza, e sem o heroísmo da resistência que forçou os sionistas a cumprirem suas condições.
A grande festa comprovou novamente: o Hamas é o partido das massas palestinas, que comemoraram a vitória da vanguarda da luta armada contra o genocídio israelense.