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Prêmio Bola de Ouro de Tolo

Por que o imperialismo jamais dará a bola de ouro para Neymar

Por que a esquerda identitária tem dificuldade de aceitar que Neymar é o símbolo maior contra o imperialismo do futebol europeu?

Desde o retorno de Charles Miller ao Brasil no ano de 1894, em que o filho de escocês trouxe a prática do futebol ao país sul-americano, sendo realizado a primeira partida no dia 14 de abril de 1895, na Várzea do Carmo, no bairro do Braz na capital paulista, entre operários da São Paulo Gás Company e  São Paulo Railway Company (Companhia Ferroviária de São Paulo),  com o placar de 4X2 a favor dos trabalhadores da estrada de ferro, a modalidade passa a ser uma das principais atrações esportiva dos proletariados brasileiro, devido à este fato, o Brasil passaria ao longo das décadas, legitimamente o país do futebol, pois teve em seu início, os trabalhadores  como protagonistas.

Porém, mesmo revelando os melhores jogadores do Planeta, assim como montando as melhores equipes e a principal seleção do mundo, o continente europeu, já iniciava nas décadas de 50, a campanha do imperialismo futebolístico e da manipulação da formatação e padronização de como o esporte passaria à ser enxergado. No ano de 1956, a revista francesa, “France Football”, criava o Prêmio Bola de Ouro, à classificando como o prêmio entregue ao melhor futebolista mundial de cada temporada, mas tal título restringia aos jogadores que atuasse na Europa, ignorando demais continentes, em especial a América do Sul que já contava com a seleção uruguaia bicampeã do Mundo em 1930 e 1950.

Em 1991, a FIFA criou o prêmio de “Melhor Jogador do Mundo”, tendo o hoje senador da República, Romário eleito em 1994, no mesmo ano, a Bola de Ouro elegeu o búlgaro Stoichkov,  desde então, a revista francesa passa a conceder a premiação para atletas que atuasse em todo o Planeta, ambas as premiações foram realizadas paralelamente até o ano de 2009, em 2010, houve a unificação da FIFA com a France Football, que durou até 2015 quando e entidade máxima deixou de conceder tal premiação, entregando a hegemonia ao futebol europeu. Ao todo, o Brasil conquistou oito prêmios de melhor jogador do Planeta,  Romário (1994), Ronaldo (1997, 1998 e 2002), Rivaldo (1999), Ronaldinho Gaúcho (2004 e 2005) e Kaká (2007), sendo o atacante revelado pelo São Paulo Futebol Clube, o último brasileiro a ser eleito o melhor jogador do Planeta.

Qualquer jornalista e torcedor sério, sabe se a Bola de Ouro premiasse jogadores de todos os continentes desde sua criação na metade da década de 50, o Brasil teria Pelé, Sócrates, Zico e outros como contemplados, embora desde 1994 a revista francesa avalia todas as ligas, é sabido que a sabotagem do imperialismo futebolístico europeu ainda é presente, ou até pior, e a principal vítima desta parcialidade absurda dos europeus, é o craque brasileiro, Neymar Jr, revelado pelo Santos Futebol Clube em 2009, o Menino Ney já conquistou 3 Campeonato Paulista (2010-2011-2012), Copa do Brasil 2010), Conmebol Libertadores (2011) e a Conmebol Recopa (2012) com a camisa santista. No Barcelona, 2 Campeonato Espanhol (2014/15-2015/16), 3 Copa do Rei (2014/15-2015/16-2016/17), Supercopa da Espanha (2013), Liga dos Campeões da Europa (2014/15) e Mundial de Clubes (2015). Em seu atual clube, o PSG foram, 5 Campeonato Francês (2017/18-2018/19-2019/20-2021/22-2002/23), 3 Copa da França (2017/18-2019/20-2020/21), 2 Copa da Liga Francesa (2017/18-2019/20)  e 3 Supercopa da França (2018-2020-2022).  Com a seleção nacional conquistou o Campeonato Sul-Ameircano Sub-20 (2011), Jogos Olímpicos (2016) e a Copa das Confederações (2013).

Além das inúmeras conquistas em três diferentes clubes e pela maior seleção do Planeta, Neymar Jr sempre demonstrou seu compromisso com a cultura brasileira, na Europa sempre destacou os artistas populares do Brasil, aqueles que são ouvidos pela massa trabalhadora e ridicularizados por parte da esquerda burguesa brasileira, dentro de campo, se tornou o jogador mais cassado e agredido no futebol europeu, assim como o mais perseguido, mas sua resposta, é com a bola nos pés, com lances jamais visto outros jogadores tentarem no futebol moderno, nem mesmos os robôs do imperialismo como o português Cristiano Ronaldo e o argentino Messi, que ainda nem alcançou os feitos do verdadeiro ídolo da classe operária argentina, Diego Maradona. Independente da sua ideologia política, onde a democracia permite a opção de escolha de cada cidadão, é preciso destacar seus feitos desportivo, fora do campo, também é importante pontuar sua solidariedade a inúmeras instituições de crianças carentes que o mesmo atua sem ser visto ou propagandeado.

Neymar Jr, é símbolo de uma resistência ignorado pela esquerda brasileira, o mesmo foi o primeiro jogador brasileiro a denunciar a farsa da premiação da Bola de Ouro em 2022, quando em uma entrevista afirmou ser irrelevante para ele tal premiação,  e que seu objetivo maior era conquistar títulos pelas equipes que atua e em especial com a seleção brasileira, tal declaração que poderia ser vista como “responsável e sensata”, passou a ser classificada pela imprensa imperialista como “desinteresse com o futebol”, algo que incomodou a revista francesa e toda a Europa pelo fato de um jogador sul-americano, brasileiro e preto, demostrar toda sua indiferença com a farsa da Bola de Ouro, que já o perseguia desde quando revelado pelo alvinegro praiano. Em meio a tanta perseguição e calúnia como no “Caso Najila Trindade”, o atacante brasileiro foi vítima da empresa estadunidense Nike, que o rompeu seu contrato alegando um suposto assédio cometido contra uma das suas funcionárias que o acusou em 2016.

O caso que a empresa do imperialismo acobertou até 2021, foi desmascarado pela uma investigação interna da própria Nike, que não encontrou provas contra Neymar, mas mesmo assim rompeu seu contrato, o que muitos não destacaram, que o período em que a marca esportiva traz isso a tona, foi o mesmo em que a seleção chilena passou a entrar em campo, com o logotipo da Nike coberto por falta de pagamento da empresa com a Federação Chilena de Futebol, ou seja, uma crise que já atingia o imperialismo e toda sua corrupção, que usou de temas delicados para justificar sua prática caloteira. Em meio à este caso, Neymar Jr demonstrou mais uma vez seu ato de coragem e resistência contra o imperialismo financeiro estadunidense e do imperialismo futebolístico europeu, desafiou a Nike assim como todos que o acusam em diferentes casos de abusos nunca comprovados, e o melhor, sempre desmascarado em sequência. Talvez para os europeus e muitos vira-latas brasileiros, um atleta brasileiro e preto, que se nega ao indentarismo, e  a se submeter a farsa do futebol praticado na Europa, e da corrupção de marcas esportivas estadunidense, faz com que jogadores que se ajoelham para o mesmo, como Messi, seja usados como ferramenta para atacar Neymar e todo o futebol nacional.

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