O ex-BBB, ex-deputado, ex-exilado e ex-psolista, agora filiado ao PT, Jean Wyllys, fez um comentário na rede social X (antigo Twitter) em que mostra que, na realidade, nunca saiu do PSOL. Ou seja, nunca deixou de ser um anti-petista.
“Descobri algo tão ruim quanto o antipetismo da direita e da extrema-direita na mídia neoliberal e no X (ex-Twitter): o hater-gado-petista que não aceita qualquer crítica ou revelação de fato ruim em relação a membros do governo Lula ou ao próprio Lula, e sai atacando e difamando a pessoa exatamente como fazia o hater-gado-bolsonarista com os críticos do governo Bolsonaro. Qual será o próximo passo? Ameaçar de morte? Olhou muito tempo para o abismo e este o olhou de volta! Cruzes!”
Descobri algo tão ruim quanto o antipetismo da direita e da extrema-direita na mídia neoliberal e no X (ex-Twitter): o hater-gado-petista que não aceita qualquer crítica ou revelação de fato ruim em relação a membros do governo Lula ou ao próprio Lula, e sai atacando e difamando…
— Jean Wyllys (@jeanwyllys_real) September 10, 2023
A frase é uma resposta às críticas que o ex-BBB recebeu por conta de uma declaração no podcast “Bee40tona” onde ele denuncia publicamente o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, como mau-caráter. Wyllys disse, ainda, que Pimenta teria sabotado uma suposta indicação de Lula para trabalhar na Secon.
Não se trata, aqui, de analisar o conteúdo das críticas de Wyllys, mas é preciso notar dois fatos: 1) Não são simples críticas políticas, na verdade, são denúncias que descambam para o lado pessoal, insinuando inclusive uma atitude corrupta por parte de Paulo Pimenta; 2) Wyllys demonstra não ter o mínimo espírito partidário para falar tudo isso publicamente em um podcast.
Aí, como é tradicional na esquerda de classe média identitária, depois de abusar, ele se faz de vítima quando as pessoas vão respondê-lo na internet. O cara que xingou o outro de mau-caráter não aguenta ser xingado de volta.
Aqui, vale a máxima, falou o que quis, vai escutar o que não quer. Mas Jean Wyllys acha que só ele pode falar. Os outros devem ficar calados, porque, segundo o próprio Wyllys afirma no podcast, seu “tamanho é grande demais”. Essa frase não é apenas ridícula e não serve apenas para mostrar que Jean Wyllys é um pequeno-burguês hiper vaidoso. A frase explica porque ele, com o “seu tamanho”, foi publicamente atacar membros do PT: Wyllys se acha maior do que o partido.
Nessa história, o próprio PT se mostra um partido que aceita qualquer tipo de lixo em suas fileiras, inclusive uma pessoa desclassificada e insignificante politicamente falando, como Jean Wyllys, que tem a capacidade de se achar maior do que o PT.
Mas a “superioridade” de Wyllys não para por aí. Ele fala o que quer, mas não quer ouvir a resposta. E para isso, ataca “o hater-gado-petista que não aceita qualquer crítica”. Ou seja, sua crítica contra Paulo Pimenta, com as considerações que fizemos acima, até pode ser legítima – para isso seria prudente analisar o que aconteceu -, mas para que atacar a base do PT que não gostou do que ele falou? para que chamar de gado?
Wyllys realmente se acha superior ao PT. Ele se acha superior a toda a esquerda. Na verdade, justiça seja feita, Wyllys, antes de ser de esquerda – isso se ele realmente for de esquerda – Wyllys é um ex-BBB. Um cara que ficou famoso porque ganhou um programa de baixo nível na rede Globo de televisão.
O que Wyllys está demonstrando ao criticar publicamente seu próprio partido é que ele é um infiltrado do identitarismo no PT. Essa ideologia imperialista está se infiltrando dentro do governo Lula e no próprio PT.
Essa tranquilidade que Wyllys tem para criticar publicamente o próprio partido é justamente porque tem respaldo no imperialismo.
Um esquerdista que veio criticar o PT publicamente, em seu programa na HBO, um canal norte-americano, foi Gregório Duvivier. Esse também falou o que quis, mas não aceita ouvir aquilo que o incomoda. E foi logo se fazendo de vítima diante das críticas que recebeu.
Ambos, não por coincidência, têm ligações com organizações não governamentais sediadas nos Estados Unidos. São “embaixadores” da Washington Brazil Office, só pelo nome, uma organização bastante suspeita. Wyllys admitiu, em cartas com Márcia Tiburi, receber uma bolsa da Open Society, organização de George Soros.
No mínimo suspeitas essas posições de Wyllys contra o PT.
