Autodefesa

Por que a Coreia do Norte não abrirá mão de suas armas nucleares

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte indicou razões pelas quais Pyongyang não abdicará de seu arsenal nuclear, citando a política dos EUA e de seus "satélites"

A ministra das Relações Exteriores da Coreia do Norte indicou razões pelas quais Pyongyang não abdicará de seu arsenal nuclear, citando a política dos EUA e de seus “satélites”.

A posição da Coreia do Norte como potência nuclear global é definitiva e irreversível, não precisa de reconhecimento internacional, declarou na sexta-feira (21) Choe Son-hui, ministra das Relações Exteriores do país asiático.

Na terça-feira (18) os ministros das Relações Exteriores do G7 emitiram uma declaração conjunta após a reunião em Tóquio, na qual condenaram os lançamentos de mísseis balísticos norte-coreanos e defenderam uma desnuclearização norte-coreana “completa, verificável e irreversível”.

Choe Son-hui qualificou a declaração de ingerência nos assuntos internos da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e uma violação de sua soberania. Ela disse que o G7 não representa a comunidade internacional e é um “instrumento político” para manter a hegemonia dos EUA, não tendo autoridade ou direito de se intrometer nos direitos soberanos da Coreia do Norte.

A chanceler lembrou aos países do G7 que Pyongyang se retirou do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) há 20 anos e, por isso, não tem nenhuma obrigação perante o tratado.

A alta responsável apontou as manobras militares “insanas e provocatórias” dos EUA e de seus aliados como razão para a Coreia do Norte continuar suas medidas até a ameaça dos EUA e de seus “satélites” ser completamente eliminada. Segundo ela, as armas nucleares são apenas “para se proteger da ameaça dos EUA, não para ganhar o reconhecimento de ninguém”.

“A posição da RPDC como potência nuclear mundial é definitiva e irreversível […] O status da RPDC como detentora de armas nucleares não é para o reconhecimento de ninguém, mas é alcançado com a existência de forças práticas de dissuasão nuclear, e está consagrado como lei estatal sob a Lei sobre Política do Estado para as Forças Armadas Nucleares, adotada pela vontade comum de todo o povo coreano”, assinalou a diplomata.

Ela acrescentou que não é a Coreia do Norte que tem que mudar, mas os EUA, com sua visão “arcaica” de que somente eles podem possuir armas nucleares, e que Washington terá agora que entender que somente “uma completa inversão de sua política hostil em relação à RPDC garantirá sua segurança”.

“Para esclarecer, não estamos nem um pouco interessados nos assuntos dos países do G7, mas se eles tentarem infringir a soberania e os interesses centrais da RPDC de qualquer forma, não permitiremos isso e retaliaremos impiedosamente”, sublinhou Choi Song-hee.

Fonte: Sputnik

* Os artigos aqui reproduzidos não expressam necessariamente a opinião deste Diário

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